Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade

O Perfil dos Carguistas

Wellington Moreira
23 out 2012 às 11:38
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Algumas semanas atrás recebi o cartão de visitas de uma pessoa na qual o título do seu cargo estava descrito em letras garrafais: CEO. Sigla de uma expressão inglesa que significa algo próximo a Chefe do Setor Executivo e geralmente utilizada por quem é responsável pela direção ou presidência geral de uma empresa ou organização. Até aí tudo bem, mas o fato inusitado é que a pessoa em questão trabalha sozinha em seu escritório, sendo, portanto, presidente de si mesma.

Postura semelhante àquela adotada por certos profissionais que se importam apenas com o pomposo título da posição que ocupam e com aquilo que deve ser feito por elas se quiserem se manter no poder gozando os privilégios que tanto valorizam.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Pessoas que não se sentem motivadas a conquistar o respeito e a admiração do time, pois acreditam que o próprio cargo de gestão conferirá isto a elas e cujo raciocínio míope preceitua que ser chefe é fato suficiente para que a equipe de trabalho conceda as honrarias e deferências que acreditam merecer.

Leia mais:

Imagem de destaque
Artigo

Interdependência Profissional

Imagem de destaque

O culto ao trabalho em equipe

Imagem de destaque

Controle é tudo!

Imagem de destaque

Reflexões sobre o mundo do trabalho


Definimos estes profissionais como carguistas. Indivíduos que vivem em função dos cargos que ocupam e que, por conseguinte, acreditam que dependem deles para "ser alguém na vida". Gente como aquele sindicalista que está no poder a duas décadas e "não larga o osso" de jeito nenhum ou como o supervisor de departamento que não forma um sucessor justamente para permanecer lá até a aposentadoria.

Publicidade


Contudo, não pense que isso acontece apenas em empregos que conferem uma boa remuneração. É possível encontrarmos pessoas que agem assim até mesmo em afazeres reconhecidos como voluntários. Isto explica porque alguns síndicos reclamam do trabalhão que têm no dia a dia, mas ainda se candidatam regularmente às eleições do condomínio. A eles é prazeroso dizer: "Sou síndico".


Também fazem parte deste rol muitas das pessoas que atualmente rodeiam os candidatos a prefeito na campanha eleitoral da sua cidade com a esperança de serem lembradas logo adiante para a diretoria de um órgão ou, quem sabe, a secretaria de uma respeitável pasta do governo. Afinal, bajular o potencial rei agora ajuda a garantir o ducado de amanhã.

Publicidade


Realmente não é difícil reconhecer um carguista porque seus sinais são muito claros. Por exemplo, ele confunde a posição que ocupa com a pessoa que é. Ao cumprimentá-lo e perguntar seu nome, você inevitavelmente ouvirá como resposta: "Meu nome é Fulano de Tal e sou chefe da..." Imagine então o que ouviria ao questioná-lo a respeito do que faz!


O carguista ainda tende à impaciência, adora ser chamado de Senhor ou Doutor e quando confrontado não pensa duas vezes para disparar sua frase-símbolo: "Você sabe com quem está falando?"

Publicidade


Na sala de trabalho dele você encontrará uma cadeira imponente, diplomas estampados na parede e vários outros adereços que exaltem seus feitos, como quadros com fotografias ao lado de importantes líderes políticos ou empresariais. E é bem provável que em sua mesa haja uma placa na qual o título do cargo grafado em inglês e com letras serifadas se destaque. É mais chique.


Todavia, não pense que a vida de um carguista seja fácil. Enquanto goza das benesses do poder, parece ter o mundo aos seus pés e tudo o que diz e faz reverbera aos quatro cantos. Os problemas reais começam a aparecer quando desocupa a posição transitória que o sustentava e acaba esquecido pouco tempo depois até mesmo pelos leais seguidores que acreditava ter.


Você sabe que é um grande líder quando, mesmo já não ocupando uma posição formal de poder, as pessoas continuam a acompanhar suas recomendações. Quando tem a consciência de que elas poderiam emitir um sonoro não àquilo que diz e ainda assim preferem escutá-lo atentamente.


Veja outros artigos sobre o assunto:

Caput Consultoria e Treinamento
(43) 3029-5000 - Londrina/PR
www.caputconsultoria.com.br


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade