O Brasil tem a 2ª maior população de cães do mundo. Os cachorros que já possuem um lar somam 52,2 milhões – e os gatos 22,1 milhões (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Não há dados de quantos vivem nas ruas brasileiras. Estima-se que 70% dos cães e gatos sejam semi-domiciliados. Ou seja, recebem cuidados de uma pessoa ou da comunidade, mas vivem parcialmente na rua. E outros 10% vivem totalmente abandonados.
Isto significa que milhões de animais estão sujeitos todos os dias a maus-tratos, doenças, fome e atropelamentos. Então, mesmo que você não possa adotar um novo amigo, saiba como ajudá-lo a ficar saudável e a encontrar um lar.
1. Tire-o da rua:
É preciso muito cuidado ao se aproximar de um animal que está na rua. Um bom truque é esticar a mão para que o cão possa sentir seu cheiro ou oferecer um petisco se tiver.
Se for preciso pegá-lo no colo, enrole-o em um cobertor ou providencie uma focinheira.
2. Lar, doce lar:
A melhor alternativa é levar o animal para a sua casa. Se você não tiver a possibilidade de ficar com o cão ou o gato, converse com sua família e amigos. Explique que é por um curto período de tempo, só até encontrar um lar definitivo, e que vocês podem dividir os gastos ou até mesmo revezar as casas. (A dica de como encontrar um lar mais rápido está logo abaixo). Apesar de existir "abrigos" para os animais, a maioria como ONGs e (CCZ) Centros de Controle de Zoonoses enfrentam superlotação, falta de recursos e dificilmente poderão cuidar tão bem quanto você. Dê um jeitinho!
3. Comida e cuidados simples
Um lar provisório não precisa ser perfeito ou espaçoso. Ter uma área de serviço ou um cantinho no quintal, onde o animal resgatado possa se proteger do frio e do calor já é o suficiente. Improvisar uma cama com um cobertor ou moletom velho pode ajudar.
O mais indicado é alimentar com ração. Se não tiver como comprar, você pode combinar comidas caseiras como arroz, frango (sem osso), batatas ou legumes cozidos. Para os gatos, dê carne em pedacinhos (como peixe, frango ou carne moída).
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4- Utilize as redes sociais
É essencial ter a foto do bichinho, capriche e tente deixar na melhor qualidade. Relate como encontrou o animal e dê detalhes da sua personalidade. Ele é dócil? Brincalhão? Gosta de colo? Ou prefere carinho atrás da orelha? Isso ajuda as pessoas a criar um vínculo emocional com o bichinho e então adotar. É importante também informar o tamanho e idade aproximados.
Se postar no facebook, não esqueça de deixar no modo público, para poder compartilhar, marcar amigos, divulgar em grupos, páginas etc.
5. Falta dinheiro?
A dica é sempre buscar a colaboração das outras pessoas. Faça uma rifa ou uma "vaquinha" online, convide os amigos para ajudar, monte um grupo de "padrinhos" do cão ou gato, procure serviços gratuitos, pergunte no Facebook se alguém tem um amigo veterinário. Também é possível encontrar veterinários que atendem a preço popular.
6. Feiras de adoção e ONGs:
Uma boa solução é levar em feiras de adoção ou pedir ajuda de ONGs para encontrar um novo dono. A maioria não pode ficar com o animal, mas você pode encontrar feiras perto de você para passar o dia lá com o cão ou gato.
7. Guarda responsável
Tenha cuidado quando encontrar um dono. Muita gente acha o animal fofo e adota por impulso, sem considerar que esta é uma responsabilidade de 10 a 20 anos. Procure conhecer a pessoa, pergunte se ela tem outros animais. De nada adianta adotar o pet e depois abandoná-lo novamente.
Com informações de World Animal Protection