A queda nos termômetros provoca mudanças na rotina e no comportamento dos animais de estimação, especialmente em cães e gatos, espécies de maior convívio com as famílias. Com a chegada do frio, os passeios de rotina tendem a mudar para horários de maior incidência do sol, há o risco aumentado de doenças como gripe canina, rinite, otite e pneumonia, e o apetite também aumenta.
O médico veterinário Patrick Eugênio Luz explica que assim como nos humanos, os animas acabam comendo mais para manter a temperatura corporal. A questão é que por trás desse comportamento existe o risco de obesidade, que vem sendo observado com bastante preocupação entre os especialistas em saúde animal.
"Os Estados Unidos vêm estudando muito o tema. Pesquisadores americanos afirmam que cerca de 63% dos cães e 67% dos gatos estão acima do peso, sendo que 30% dos felinos estão obesos. No Brasil, os estudos estão começando a aparecer", afirma. Em 2018, uma pesquisa da FMVZ (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) da USP (Universidade de São Paulo) avaliou 258 cães e 221 tutores. Os resultados apontam a prevalência de obesidade em 14,6% dos animais e de 40,5% na junção de sobrepeso e obesidade.
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