A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou um novo boletim nesta quarta-feira (27) em relação aos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) desde o início do ano.
No período de uma semana, no Paraná, o número de casos aumentou de 1.019 para 1.044. Deste total, 969 são referentes ao H1N1. Foram registradas 209 mortes, sendo 190 pelo vírus H1N1.
Na 17ª Regional de Saúde de Londrina, desde o início de 2016, foram registrados 66 casos de SRAG, sendo 63 relacionados ao H1N1. Foram 13 mortes por SRAG, deste total, 12 por H1N1.
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Uma morte foi confirmada desde o boletim divulgado na última quarta-feira (20), em Londrina. Totalizando seis mortes na cidade.
Concentração de casos
A 2ª RS Metropolitana concentra o maior número de casos, com 31,1% de SRAG notificados, seguido da 15ª RS Maringá com 18,1%. Dos confirmados para influenza A(H1N1)pdm09, a 2ª RS Metropolitana apresenta 26,1% e a 15ª RS Maringá com 16,2%.
Dos 209 óbitos ocorridos de SRAG por Influenza, o município de Foz do Iguaçu, localizado na 9ª RS de Foz do Iguaçu, detém o maior número de óbitos com 11,5%.
Gênero e faixa etária
Em relação ao gênero dos casos de SRAG por Influenza, foi observada diferença entre eles. O gênero feminino apresentou 54% dos casos e o gênero masculino 46%. Em relação aos óbitos, não houve diferença significativa de gênero, 51% são do sexo feminino.
A faixa etária mais acometida referente aos casos e óbitos de SRAG por Influenza A(H1N1)pdm09 foi acima dos 50 anos, com 37,8% e 64,7% respectivamente.
Entre os óbitos por influenza, a mediana de idade foi de 54 anos, variando de 0 a 89 anos, no Paraná e no Brasil, a mediana de idade foi de 52 anos, variando de 0 a 99 anos.
Dos que fizeram uso de antiviral, no Paraná a mediana foi de 3 dias entre o início dos sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 60 dias e no Brasil, a mediana foi de 4 dias, variando de 0 a 64 dias.
O início do tratamento é recomendado nas primeiras 48 horas e pode ainda ser benéfico se iniciado de quatro a cinco dias após o início do quadro clínico.
O tratamento com o antiviral, de maneira precoce, pode reduzir a duração dos sintomas e, principalmente, a redução da ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza.
No caso de pacientes gestantes, em qualquer trimestre, com infecção por influenza, o maior benefício em prevenir falência respiratória e óbito foi demonstrado nos casos que receberam tratamento até 72 horas.
Prevenção
A vacinação anual contra influenza é a principal medida utilizada para se prevenir a doença, porque pode ser administrada antes da exposição ao vírus e é capaz de promover imunidade durante o período de circulação sazonal do vírus influenza reduzindo o agravamento da doença.
É recomendada vacinação anual contra influenza para os grupos-alvos definidos pelo Ministério da Saúde, mesmo que já tenham recebido a vacina na temporada anterior, pois se observa queda progressiva na quantidade de anticorpos protetores.
• Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento. No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel a 70°.
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
• Manter os ambientes bem ventilados.
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.
• Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
• Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre.
• Buscar atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis com a doença, tais com: aparecimento súbito de: calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, prostação, rinorréia e tosse seca. Podem ainda estar presentes como: diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e hiperemia conjuntival.