Abortos realizados em condições precárias matam 68 mil mulheres por ano, de acordo com pesquisa de cientistas do Instituto Guttmacher, de Nova York. A prática faz ainda com que pelo menos 5 milhões de outras mulheres sejam hospitalizadas com infecções e outras complicações em países da América Latina, Caribe, África e Ásia.
O caso brasileiro, diz o estudo, é representativo das duas tendências na América Latina, que os pesquisadores acreditam esconder desdobramentos positivos. A primeira delas seria o aumento do número de internações, que poderiam sinalizar que mais mulheres estão buscando tratamento depois de abortos, o que, por sua vez, não só reduz o número de mortes como, acreditam os pesquisadores, mostra que o aborto já não é tão estigmatizado.
Outra tendência seria o uso generalizado de medicamentos abortivos como o misoprostol. Embora médicos alertem para os riscos desse método, os pesquisadores dizem que a maioria das mulheres que o testaram vão parar no hospital não tendo abortado completamente, o que, segundo os cientistas "pode ser simplesmente tratado com aspiração" se feito em tempo.
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