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Suspeita de antecipar mortes

Advogado diz que não há provas contra médica presa

Redação Bonde
22 fev 2013 às 19:06

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O advogado da médica Virgínia Soares, acusada de antecipar a morte de pacientes no Hospital Evangélico de Curitiba, criticou nesta sexta-feira (22) a investigação da Polícia Civil e a prisão da médica, que era chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, e diz que não há provas concretas contra ela. Em entrevista coletiva, o filho da acusada e pessoas que já trabalharam com ela defenderam o trabalho dela.

Elias Mattar Assad, advogado da suspeita, disse que a Polícia Civil não tinha provas para que a prisão dela fosse pedida. Ele afirmou que nas investigações constam apenas hipóteses e suspeitas e não haveria fatos para sustentar a investigações. Desta forma, segundo o advogado, não teria como se concretizar uma ação penal contra a acusada.

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Ainda de acordo com o advogado, declarações de familiares mostrariam que a médica sempre trabalhou com conduta correta dentro do hospital, declarações que seriam respaldadas por pessoas que já trabalharam com a médica. Uma enfermeira que ainda está no Hospital Evangélico e um técnico de enfermagem que já passou pelo local confirmaram a versão durante a entrevista.

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O filho da acusada Leonardo Prisco de Souza Marcelino, assim como o técnico em enfermagem e a enfermeira, reconheceram que ela teria um comportamento rígido, mas desconhecem maus tratos aos pacientes. O filho dela ainda afirmou que o fato de a médica ter um temperamento forte pode ter causado inimizades no local de trabalho, mas nunca a teria levado a faltar com compromissos com os pacientes.


Virgínia Soares foi presa na terça-feira (19), enquanto trabalhava. No dia da prisão, havia a informação de que ela era acusada de eutanásia, que é a prática de induzir à morte pacientes em quadro de saúde irreversível, porém com consentimento de parentes ou do paciente – situação que também é ilegal no Brasil. Porém, segundo a Polícia Civil, a médica é investigada por antecipar a morte dos pacientes e desligar aparelhos, mesmo daqueles que não tinham quadro clínico irreversível e sem o consentimento deles. Ela pode responder por homicídio.

A direção do Hospital Evangélico, a pedido da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, afastou, na quinta-feira (21), a equipe de médicos e enfermeiros que trabalhavam no local sob a coordenação da suspeita. (com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina)


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