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Medicamentos

Analgésicos a base de ópio podem ser fatais

Redação Bonde
04 ago 2006 às 18:58

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Drogas opiáceas, usadas para o alívio de dores crônicas, estão envolvidas em mais mortes por overdose, nos Estados Unidos, do que a cocaína ou a heroína. A conclusão é de estudo feito por integrantes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

De acordo com os pesquisadores, liderados por Leonard Paulozzi, a análise da tendência de mortes por envenenamento pelo uso de medicamentos demonstra uma epidemia no país. Ela teria começado na década de 1990.

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Drogas opiáceas, ou simplesmente opiáceos, são substâncias derivadas do ópio que diminuem a dor e aumentam o sono. Por isso, também são conhecidas como narcóticos. Os opiáceos podem ser naturais, semi-sintéticos ou sintéticos.

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Segundo os pesquisadores norte-americanos, nos últimos 15 anos, as vendas de analgésicos opióides aumentaram no país. A lista tem nomes como oxidona, hidrocodona, metadona e fentanila. Simultaneamente, cresceram o número de mortes pelo uso das drogas.

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Em 2002, mais de 16 mil pessoas morreram nos Estados Unidos como resultado de overdoses. Os opióides ultrapassaram a cocaína e a heroína no número de mortes entre 1999 e 2002. A pesquisa foi publicada pela revista Pharmacoepidemiology and Drug Safety.


De acordo com os autores do estudo, a situação tem piorado consideravelmente. Entre 1979 e 1990, o número de mortes atribuídas ao envenenamento não intencional por drogas aumentou em média 5,3% ao ano. Entre 1990 e 2002, o aumento anual pulou para 18,1%.

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Houve destacados aumentos no total de mortes por overdose de cocaína e de heroína, respectivamente 12,4% e 22,8% entre 1999 e 2002. Mas o papel dos opióides no total cresceu ainda mais no período: 92,2%


Os pesquisadores destacam que o cenário tem como causa o uso recreacional dos opiáceos e não a utilização no tratamento de dores. Um exemplo do aumento desse uso está na elevada quantidade de analgésicos opióides roubada de farmácias no país.

Fonte: Agência Fapesp


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