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Análise genética torna a fertilização in vitro mais eficaz e barata

20 mar 2015 às 15:40

I Workshop Internacional de Genética Reprodutiva, realizado pelo laboratório e clínica genética Chromosome Medicina Genômica, discutiu os avanços das técnicas moleculares para uma maior eficácia na implantação de embriões e gravidezes bem sucedidas.

A fertilização in vitro vem se tornando cada vez mais comum em todo mundo pelos mais variados motivos, sendo o mais comum deles a infertilidade. Cerca de 16% dos casais sofrem de algum problema de fertilidade durante seu período reprodutivo e, diante disso, a técnica é cada vez mais procurada.


Quase 5 milhões de bebês nasceram assim em todo mundo em 2012 e a técnica já responde por 5% dos nascimentos na Europa e 2% nos EUA.


Mas a fertilização in vitro tem alguns fatores que podem ser estressantes para os casais, principalmente advindos de tentativas que não foram bem-sucedidas. Além do fator psicológico e físico, cada tentativa pode ser bastante custosa financeiramente para os casais.


O principal fator para o insucesso de implantação de embriões é a idade das mulheres que se submetem ao procedimento e, atualmente, a procura pela maternidade vem cada vez mais tarde. A taxa de sucesso de fertilização in vitro para mulheres abaixo de 35 anos é de aproximadamente 32%, caindo para 13% nas mulheres de 40 a 42 anos.


Todos estes dados foram compartilhados pelo Dr. Nikhil Patel, PhD em Programação Fetal e Genética pela Universidade de Alberta e Gerente de Produtos da Thermo Fisher Scientific, durante o I Workshop Internacional de Genética Reprodutiva em São Paulo, nos dias 11 a 13 de março.


"A análise genética dos embriões através de equipamentos de sequenciamento de nova geração é fundamental para o aumento no sucesso da implantação e da gravidez", explica Patel. Um dos principais motivos das falhas nas tentativas de fertilização in vitro é o uso de embriões com alterações cromossômicas que envolvem a perda de grandes regiões do DNA.


Dessa maneira, a escolha dos embriões que não apresentam essas perdas cromossômicas leva a um aumento significativo nas taxas de implantação do embrião e no sucesso da gravidez.


Reprodução


A prova da importância da tecnologia do sequenciamento de nova geração está no sucesso da sua aplicação nas clínicas de fertilização. A INVICTA, Centro de Reprodução e Fertilidade em Gdansk, Polônia, utilizou o sequenciamento de nova geração para fazer análises de embriões antes da implantação e conseguiu resultados muito melhores quando comparados às fertilizações in vitro que não foram feitas com o auxílio dessa técnica.


A taxa de implantação subiu de 34,8% para 61,5% e a taxa de gravidez também subiu, de 41,5% para 84,4%.


O sequenciador de nova geração utilizado pela clínica de fertilização polonesa foi o Ion Torrent PGM, da Thermo Fisher Scientific. Dentre os motivos pelos quais esse equipamento é o preferido para a análise dos embriões estão o tempo reduzido gasto na análise, bem como a possibilidade de análise de vários embriões do mesmo casal ao mesmo tempo e a um custo reduzido.

Para os pais que tentam fazer a reprodução in vitro, a redução nos custos das análises trazidas por essas novas tecnologias é bastante relevante, já que o custo total das tentativas de gravidez podem ser bem elevados.


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