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Em desenvolvimento

Antiveneno de abelhas nunca foi testado em humanos

Rafael Fantin - Redação Bonde
18 jan 2013 às 17:32

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- Divulgação
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O ataque de abelhas que culminou na morte de Aparecido Gouveia Terra, 56 anos, na última quarta-feira (16), em Londrina, ressaltou a necessidade de um antídoto para combate do veneno das abelhas. No entanto, o soro encontra-se ainda em fase de desenvolvimento no Instituto Butantan, em São Paulo.

Segundo a coordenadora do Centro de Informações Toxicológicas do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Conceição Turini, que atua há mais de 30 anos no setor, os testes necessários para a produção deste tipo de antiveneno ainda não foram concluídos. "Para sua utilização em humanos, o produto deverá passar por vários testes e ensaios clínicos que comprovem sua eficácia, para que possa ser autorizado e registrado pela ANVISA. Portanto, até o presente momento, não existe disponibilização deste tipo de antídoto para o tratamento de pacientes vítimas de picadas de abelha", esclareceu.

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Ela explicou que o processo começa com o isolamento do veneno que é introduzido em cavalos. Após a imunização dos equinos, os anticorpos são extraídos para a produção do soro. "O processo é o mesmo utilizado na produção de outros imunobiológicos. No entanto, o soro para picadas de abelhas ainda está em fase de estudo. As informações presentes na internet tratam apenas de hipóteses e suposições e ainda existe um longo caminho a ser percorrido até que o antídoto seja disponibilizado aos pacientes", comentou.

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O Centro de Informações Toxicológicas do HU é responsável, desde 1985, pelo armazenamento, distribuição e indicação de soroterapia antiveneno para os 21 municípios da 17ª Regional de Saúde, além de orientar o uso deste tipo de antídoto nos casos de envenenamentos por animais peçonhentos ocorridos e atendidos em municípios de outras Regionais de Saúde. O serviço possui 4 tipos de soro para serpentes, 2 tipos de soro para aranhas, soro para picadas de escorpiões e soro para contato com um tipo específico de taturana. "Se o soro antiveneno para abelhas estivesse disponível para uso rotineiro, certamente faria parte do estoque deste banco de antídotos", garantiu Conceição.

Questionada se o soro poderia salvar a vida do homem que sofreu 3 mil picadas, a coordenadora respondeu que não é possível entrar em detalhes sobre a eficiência do medicamento antes da aplicação em seres humanos.


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