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Anvisa aprova registro do 'medicamento mais caro do mundo'

Renato Machado - Folhapress
17 ago 2020 às 15:55
- Pixabay
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (17) o registro do Zolgensma, medicamento usado no tratamento da AME (Atrofia Muscular Espinhal).

O Zolgensma é considerado o remédio mais caro do mundo, já que cada dose sua custa US$ 2,125 milhões -aproximadamente R$ 12 milhões- nos Estados Unidos.

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O registro do novo medicamento da empresa Novartis Biociências S. A foi publicado pela agência na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.

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O Zolgensma obteve o registro para o tratamento de pacientes pediátricos diagnosticados com AME do tipo 1, com até dois anos de idade.

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O medicamento ganhou destaque recentemente no Brasil por conta do drama da menina Marina Roda, de 1 ano e 11 meses, portadora de AME. Seus pais criaram uma campanha online para arrecadar o dinheiro para o tratamento com o Zolgensma.


Após dez meses levando adiante a campanha, a família conseguiu os recursos necessários para adquirir o remédio.

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A AME é uma doença rara, causada por uma alteração do gene responsável por codificar a proteína necessária para o desenvolvimento adequado dos músculos. A doença, portanto, causa fraqueza, hipotonia, atrofia e paralisia muscular progressiva.


Dados científicos apontam que a doença atinge um em cada 10 mil nascidos. A AME tipo 1 -tratada pelo Zolgensma- acomete de 45% a 60% do total de portadores da doença. Essa versão da doença é considerada a mais grave e, não raro, leva à morte.

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"Os estudos realizados até o momento com o Zolgensma demonstraram que uma aplicação única do produto pode melhorar a sobrevivência dos pacientes, reduzir a necessidade de ventilação permanente para respirar e alcançar marcos de desenvolvimento motores", informou a Anvisa, que ressaltou que os possíveis efeitos adversos do medicamento são controláveis.


No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que zerou a alíquota de importação do medicamento, comemorando em suas redes sociais.

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Embora tenha sido saudada pelo caráter humanitário, considerando os dramas pessoais de familiares de portadores da doença com dificuldades para conseguir o tratamento, técnicos da área de saúde ressaltaram na ocasião ser perigoso e inovador o fato de que o Executivo zerou a alíquota de importação de um medicamento que não havia sido aprovado pela Anvisa.


Além de pressionar a agência, fontes na Anvisa alertam para o possível impacto que a autorização do medicamento possa ter para o SUS (Sistema Único de Saúde). Agora, com o medicamento obtendo autorização no Brasil, é possível que pacientes ingresse na justiça em busca do tratamento pelo sistema público.

Ainda não é possível determinar se o Zolgensma vai chegar ao Brasil pelo seu valor de mercado nos Estados Unidos. O preço será posteriormente discutido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, composta também pelos Ministérios da Justiça, Economia e Saúde.


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