O número de mulheres que se submeteu a exames preventivos por planos de saúde no primeiro semestre do ano passado cresceu em relação ao mesmo período de 2011, divulgou hoje (14) a Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos de operadoras, com 37% do mercado e 25 milhões de clientes.
Mais de 562 mil mamografias foram realizadas nesse período, contra 519 mil em 2011, um aumento de cerca de 7,5%. Os exames de papanicolau subiram 4,7%, de 892 mil para 934 mil em 2012. Os dois exames são importantes para o diagnóstico do câncer de mama, no primeiro caso, e do câncer de colo de útero, no segundo.
Outros números trazidos pelo levantamento mostram que as mulheres foram ao ginecologista e ao obstetra quase 1,8 milhão de vezes. Apesar disso, o crescimento do número de consultas foi pequeno: cerca de 0,3%.
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As consultas ao mastologista apresentaram uma alta maior: enquanto, no primeiro semestre de 2011, 51 mil mulheres procuraram os profissionais, em 2012, 61 mil se consultaram, um avanço de quase 20%.
Para o diretor executivo da federação, José Cechin, o aumento mostra que a saúde tem sido uma preocupação mais presente na vida das mulheres: "A consciência com sua própria saúde e com os hábitos adequados tem crescido, e isso pode ter levado mais pessoas a fazerem a mamografia, o papanicolau e outros exames importantes para a saúde da mulher. Da próxima vez, pretendemos fazer a mesma pesquisa sobre a saúde do homem".
Cechin acha que os esforços não devem ser apenas para conscientizar as pessoas sobre os hábitos saudáveis e preventivos, mas também para se pensar como é possível ajudá-las a, de fato, a adotarem estas medidas: "Um exemplo é que as pessoas sabem que fumar faz mal. Têm esta consciência. O desafio é mostrar como parar de fumar, como melhorar a alimentação e outros hábitos".
Isabel d'Ávila, coordenadora da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, destaca que a preocupação com a saúde da mulher deve ser de toda a família e afirma que, apesar de positivo, o resultado não representa a situação em todo o país: "Em grandes centros, onde a mulher tem menos dificuldade de chegar aos locais de saúde e tem mais acesso às informações, o volume de exames por pessoa é maior, mas existem diferenças regionais importantes. Quanto menor é o acesso à saúde e às informações, menor é esse número".
Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que, no Sistema Único de Saúde, foram realizados 4,39 milhões de mamografias no ano passado, um aumento de quase 10% sobre as 3,95 milhões de 2011. Na faixa etária de 50 a 69 anos, foram quase 300 mil procedimentos a mais em 2012, chegando a 2,3 milhões, com aumento de cerca de 11,5%.