Cápsulas gelatinosas que, sem energia elétrica ou fogo, passam a noite protegendo os ambientes - e as pessoas - contra qualquer mosquito estão sendo desenvolvidas em um projeto para o controle da malária. Coordenada pelo entomólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Wanderli Tadei, a pesquisa usa a nanotecnologia para causar menos danos ao meio ambiente do que os inseticidas, além de economia.
"Conseguimos com o protótipo das cápsulas o mesmo índice de mortalidade do mosquito da malária, mas com uma quantidade 25 vezes menor de piretróide (inseticida normalmente colocado na parede das casas para dar o efeito de repelência ao mosquito da malária)", explica o pesquisador.
Se os testes práticos obtiverem sucesso, além de combater o mosquito transmissor da malária, a técnica poderá no futuro ser usada para evitar outras enfermidades. "Podemos dizer que o coquetel de óleos é eficaz contra mosquitos como o transmissor da dengue e outras doenças", afirmou Tadei.
Leia mais:
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos
'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula
Segundo ele, os óleos são muito voláteis, por isso a ideia de encapsulá-los fez com que a liberação ocorra de forma mais lenta. "Usar apenas os óleos em recipientes numa sala pequena podem repelir os mosquitos, mas duram no máximo duas horas. A ideia das cápsulas é chegarmos a um resultado que dure dias."
As cápsulas em teste misturam vários óleos, na maioria de plantas amazônicas.