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Complicador

Cadastros desatualizados dificultam doações de medula

Mariana Franco Ramos - Redação Bonde
25 ago 2013 às 14:40

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O hematologista Samir Kanaan Nabhan, do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), disse esperar que casos como o de Lorenza Roberta de Mello e José Adilson Sabino, paciente e doador de medula óssea que se conheceram na última sexta-feira (23), estimulem outras pessoas a se cadastrar como voluntárias nos Hemocentros espalhados pelo país.

Apesar de o banco brasileiro ser o terceiro maior do mundo, com mais de três milhões de cadastros, e atrás apenas de Estados Unidos e Alemanha, o médico explica que a miscigenação da população acaba dificultando o processo. "A gente precisa muito que esse banco seja cada vez maior. Como no Brasil a nossa população é de imigrantes, principalmente, é difícil que em relação à compatibilidade genética a gente encontre esses doadores fora. Então quanto mais voluntários, com certeza será melhor".

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Outro complicador, de acordo com Nabhan, são os cadastros incompletos ou desatualizados. Por isso, ele pede que os interessados em doar informem sempre seus endereços e telefones corretos para contato. "As pessoas devem entender que elas estão se vinculando a um processo que tem como objetivo salvar a vida de alguém. Se de repente for encontrado esse doador e ele não estiver disponível ou tiver desistido da doação, a gente terá a sorte de encontrar uma em cem mil pessoas, mas ao mesmo tempo o azar de não realizar o transplante", afirmou.

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Os voluntários interessados em fazer o cadastro devem se dirigir a um dos Hemocentros espalhados pelo Estado, onde irão retirar uma pequena amostra de sangue e preencher uma ficha com informações pessoais. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos que não tenha doença infecciosa ou incapacitante pode ser doadora. Já para atualizar as informações, basta entrar em contato com o mesmo Hemocentro do registro ou mesmo diretamente com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).


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