Após uma onda de protestos inédita durante a pandemia de Covid-19, a China começou a relaxar as rígidas regras da política de "Covid zero" desde o fim de semana em todo o país.
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Grandes cidades como Pequim, Xangai, Shenzen e Hangzhou não exigem mais um teste negativo para que os cidadãos possam usar o transporte público ou frequentar determinados espaços, como os locais de trabalho, supermercados ou parques e ambientes de diversão.
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Os testes em massa foram retirados em vários pontos e os confinamentos obrigatórios para quem teve contato com uma pessoa contaminada em um círculo social "muito próximo" passaram a ser realizados em casa e não mais em centros de saúde.
Além disso, restaurantes e locais de diversão que estavam fechados foram reabertos ao público. No entanto, a repressão aos protestos populares continua intensa, com prisões de quem for às ruas criticar o governo.
A China vem enfrentando uma alta nos casos da doença, na maior onda pandêmica em contágios desde as primeiras notificações da Covid-19, em dezembro de 2019. Apesar disso, as mortes continuam em patamares baixíssimos - houve um óbito nas últimas duas semanas.
No entanto, ao tentar voltar a aplicar os lockdowns em distritos inteiros, a população se manifestou e foi às ruas criticar o governo de Xi Jinping. Na última semana, um dos mais altos diretores sanitários do país defendeu a política de "Covid zero", mas criticou as autoridades locais na aplicação das medidas de maneira uniforme, sem analisar a gravidade da situação.
De acordo com o portal Our World in Data, que monitora o avanço da pandemia no mundo, a média de casos diários nos últimos sete dias na China é de 35.433, recorde para o país.