O Ministério da Saúde habilitou três novos serviços de saúde para a realização de cirurgias indicadas para pacientes com obesidade grave. No início deste mês foram credenciados o Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Umuarama, e o Instituto Virmond, em Guarapuava. O serviço do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, havia sido credenciado no início do ano. Ao todo, 13 serviços de saúde fazem estes procedimentos no Paraná.
Com os novos credenciamentos houve um aumento de 25% no número de cirurgias neste ano e a perspectiva é que sejam ampliadas em 40% até 2013. No primeiro semestre de 2012 foram 1.253 cirurgias e no mesmo período de 2011, foram 1.011 cirurgias.
"Fizemos uma reavaliação dos serviços e os que faziam o quantitativo de cirurgias abaixo do que está previsto na portaria nº 492 do Ministério da Saúde – (que regulamenta a realização das cirurgias bariátricas) foram descredenciados. Em tempo, indicamos o credenciamento de serviços em regiões que antes eram desassistidas, como Guarapuava e Umuarama, para facilitar o acesso dos pacientes que estão na fila de espera pela cirurgia", disse o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida.
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Os serviços credenciados devem oferecer assistência diagnóstica e terapêutica especializada, condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e equipe multidisciplinar adequados para o atendimento às pessoas portadoras de obesidade grave.
CRITÉRIOS - Para entrar na fila de espera da cirurgia de obesidade grave os pacientes devem ser encaminhados pelos municípios através das unidades de saúde. Segundo a portaria, a avaliação inicial do obeso grave é feita por médico, na residência (saúde da família), em ambulatório (consulta especializada) ou em ambulatório de hospital credenciado/habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade Grave.
"As cirurgias bariátricas feitas pelo SUS atendem critérios rigorosos porque os pacientes com obesidade grave apresentam uma maior incidência de doenças associadas, entre elas diabetes, hipertensão arterial (pressão alta), apnéia do sono, doenças pulmonares e problemas cardíacos. Tal situação clínica representa um maior risco cirúrgico", afirma o superintendente.
De acordo com portaria do MS, uma das indicações para a cirurgia é que os pacientes portadores de obesidade grave tenham IMC (índice de massa corpórea) igual ou maior do que 40, não tenham comorbidades e que não tenham respondido ao tratamento conservador (dieta, psicoterapia, atividade física, etc.), realizado durante pelo menos dois anos e sob orientação direta ou indireta de equipe de hospital credenciado/habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade.
A cirurgia também pode ser indicada para portadores de obesidade grave com IMC igual ou maior do que 40, desde que tenham comorbidades que ameaçam a vida. Ou ainda para pacientes com IMC entre 35 e 39,9 portadores de doenças crônicas desencadeadas ou agravadas pela obesidade, desde que atendam aos critérios descritos na portaria.
CONSULTA PÚBLICA – O Ministério da Saúde abriu no dia 24 de setembro deste ano a Consulta Pública n° 12 para reavaliar as normativas existentes para a assistência ao paciente portador de obesidade grave. As contribuições podem ser enviadas até o dia 14 de outubro. Acesse o texto da consulta pública no site do Ministério da Saúde - www.saude.gov.br.
Veja quais são os serviços credenciados para a realização de cirurgias de Obesidade Grave:
Serviço de Saúde - Município
Hospital Angelina Caron – Campina Grande do Sul
Irmandade Santa Casa de Misericórdia - Curitiba
Hospital de Clínicas – Curitiba
Hospital Evangélico – Curitiba
Hospital Nossa Senhora do Rocio - Campo Largo
Hospital São Lucas – Campo Largo
Hospital São Lucas – Pato Branco
Hospital São Lucas (FAG) – Cascavel
Hospital Universitário – Maringá
Santa Casa de Misericórdia – Londrina
Instituto Nossa Senhora Aparecida – Umuarama
Instituto Virmond - Guarapuava
Hospital Regional do Noroeste – Paranavaí (aguardando o recredenciamento)