Doença é causada pelo vírus Varicela-Zóster, o mesmo que provocar a herpes zoster; para ambas, há vacinação disponível
Leia mais:
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos
'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula
Na Bahia, em 15 de agosto,a Sesab (Secretaria Estadual de Saúde) emitiu um alerta para o aumento dos casos da doença. Segundo o órgão, desde o início do ano até o dia 12 do mês, foram notificados 443 casos de varicela, com coeficiente de incidência de 3,0 casos por 100 mil habitantes no estado. O público com maior incidência foi crianças menores de 1 ano (16,19 casos/100 mil hab.), seguido da faixa de 1 a 4 anos (8,69 casos/100 mil hab.)
A catapora se manifesta por meio de manchas avermelhadas na pele que evoluem para bolhas pelo corpo. Pode causar ainda mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre. Quando acomete um adulto, tem potencial mais grave e taxa de letalidade de 15 a 40 vezes maior que a verificada em crianças saudáveis, conforme o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Para ajudar a prevenir o aumento desses casos, o infectologista recomenda a vacina contra a varicela que está disponível nas redes pública e privada. O esquema de imunização é feito em duas doses no intervalo de três meses. “O imunizante está indicado para as pessoas imunocompetentes suscetíveis e deve ser aplicada até 5 dias após o contato com o caso suspeito ou confirmado de varicela. Além disso, a imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAVZ) está indicada para as crianças menores de 9 meses, gestantes suscetíveis e imunocomprometidos, devendo ser administrada até 4 dias depois do contato com o caso suspeito ou confirmado de varicela”, aponta.
Bastos aponta que a imunização contra a catapora deve acontecer mesmo sem período de surto da doença, com recomendação da primeira dose a partir dos 12 meses de idade e, a segunda dose, três meses depois. O imunizante apresenta eficiência acima de 90%.
Herpes-zoster
Associado ao vírus da catapora, o herpes zoster, conhecido como “cobreiro”, acontece com a reativação do vírus da Varicela-Zoster, que fica latente no corpo durante os anos. A principal complicação é a neuropatia pós-herpética, responsável pela dor crônica, duradoura, de difícil controle e muito debilitante. Geralmente, o vírus reaparece em episódios de imunidade baixa ou estresse. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum após os 50 anos.
Aprovada nos Estados Unidos e autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o imunizante contra a herpes zoster, chamada de Shingrix, tem eficácia de 97%. É administrada em duas doses, com o intervalo de dois meses. A vacina é indicada para indivíduos a partir de 50 anos (quando a imunidade começa a enfraquecer de forma natural), sobretudo aqueles que tiveram contato com o vírus Varicela-Zoster no passado, e também para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão – pessoas que tiveram alguma infecção viral (como Covid-19); portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc.); ou que vão se submeter a transplantes de medula óssea ou outros órgãos.