As chuvas intensas que atingiram o Paraná no mês de outubro e início de novembro causaram impactos à população e, agora, causam preocupação para possíveis casos de leptospirose.
A doença é provocada por urina de roedores e pode ser transmitida pelo contato com água suja ou contaminada.
Dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que esse ano foram confirmados 221 casos e 63 permanecem em investigação pelas equipes municipais.
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Por isso, a pasta alerta para que seja evitado o contato direto com águas de inundações e a lama das enchentes ou esgoto. Pais e responsáveis devem estar atentos para que crianças não nadem ou brinquem em córregos ou rios, possivelmente contaminados com urina de roedores.
“As chuvas são mais intensas durante esta época do ano, por isso os cuidados devem ser redobrados. Orientamos os profissionais de saúde que devem ficar atentos, pois o diagnóstico precoce da doença pode evitar quadros graves e óbitos com evolução rápida”, destacou o secretário da Saúde, Beto Preto.
A leptospirose é causada por uma bactéria (Leptospira) que é eliminada, principalmente, pela urina dos ratos. Com as chuvas, as fezes e urina dos roedores se misturam com a água alagada que passa a ficar contaminada.
O simples contato da pele com essa água ou lama pode transmitir a doença, que ocorre tanto em áreas urbanas (mais frequente) como em áreas rurais, nas atividades relacionadas ao manejo e alimentação de animais de produção e na limpeza dos locais com maquinários e armazenamento de grãos.
CUIDADOS
Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
Para o controle dos roedores, recomenda-se o destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes. É preciso cuidado com a água de beber e evitar acúmulo de entulhos em terrenos baldios.
SINTOMAS
Os primeiros sintomas da doença são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha, cansaço e calafrios. Também são frequentes dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação. Nos casos mais graves pode ocorrer amarelamento da pele e dos olhos.
Em caso de sintomas ou dúvidas, a orientação é procurar uma UBS (Unidades Básicas de Saúde) ou entrar em contato com a Sesa pelo e-mail: [email protected].