"Probiótico não se toma apenas quando se está doente". A afirmação é do médico gastroenterologista Luiz Eduardo Cheida, de Londrina. Um dos grandes especialistas neste tipo de tratamento, ele afirma que o tem receitado cada vez mais e que tem obtido resultados bastante satisfatórios em diversos casos.
De acordo com Cheida, os probióticos, organismos vivos que, quando administrado em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde, são excelentes ativos preventivos e protetores ao organismo humano. "Ao invés de tentar fabricar venenos contra os micro-organismos, devemos fortalecer o organismo humano que, fortalecido, dará o devido combate à doença", defende o médico.
Os probióticos possuem inúmeras funções protetoras. Eles produzem vitaminas, hormônios e mediadores cerebrais como a serotonina, fundamental para o bem-estar. Além disso, ajudam a modular o sistema imunológico e funções motoras, e interferem no metabolismo alimentar, chegando a destruir carcinógenos - substâncias que causam câncer. Podem atuar até no emagrecimento.
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Quando o foco é o combate a doenças, o especialista assegura que já são mais de uma centena as patologias que podem ser tratadas com probióticos, ou que os tem como coadjuvantes no tratamento. "Elas vão desde alergias alimentares, acne, obesidade, hipertensão arterial, baixa imunidade, a diabetes, alergia ao glúten, aterosclerose, rinite, sinusite, suporte à terapia do câncer, constipação intestinal, colite, doença de Crohn e muitas outras", enumera.
Entre os mais usados no momento está o kefir, que é uma bebida dos caucasianos, à base água ou leite. Formado por coágulos, que contém cada um mais de 25 tipos de bactérias e leveduras, o alimento age como antibiótico natural, matando bactérias ruins e cultivando as boas. "Sua indicação para pacientes com doença inflamatória intestinal (colites e doença de Crohn), baixa imunidade e intolerâncias alimentares tem funcionado bem, com resultados surpreendentes", revela o gastroenterologista.
O médico lembra ainda que em dois casos específicos os probióticos têm sido cada vez mais indicados: diarreias e a crescente intolerância à lactose.
No caso da diarreia, os probióticos agem como verdadeiros antibióticos naturais; regulam o sistema imunológico, tendo um efeito anti-inflamatório. "A administração de probióticos reduz os dias de febre, diminui a quantidade de evacuações e vômitos e minimiza os dias de internação hospitalar. Além disso, pode-se usá-los de maneira profilática, isto é, preventiva, evitando novos episódios", explica Cheida.
"Quanto à intolerância à lactose, alguns probióticos que secretam beta-galactosidase, uma lactase secundária, são administrados em cápsulas ao paciente e passam a pertencer ao seu microbiota intestinal. Vivendo ali, passam a secretar aquela lactase, reduzindo a intolerância à lactose secundária do paciente", aponta.
Porém, para que os probióticos possam apresentar toda sua eficácia, o médico destaca que é necessário adotar alguns hábitos saudáveis, que vão atuar como complemento da melhoria da qualidade de vida. Entre eles: dormir bem, praticar atividades físicas regulares e preferir dietas balanceadas.
Serviço
Rua Souza Naves, 1788 - Jardim Londrilar
(43) 3342-8500 - Londrina-PR