Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Recomendação

Contra zika, ONU pede liberação do aborto na América Latina

Agência Estado
05 fev 2016 às 18:20

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu nesta sexta-feira, 5, a liberalização do aborto e dos contraceptivos nos países mais atingidos pela epidemia de zika, que pode provocar a má-formação congênita em bebês em caso de contaminação por mulheres grávidas. A recomendação foi anunciada, em Genebra, na Suíça, e leva em consideração legislações nacionais como a do Brasil, que não autorizam a interrupção da gravidez.

Para o alto comissário, Zeid Rad'ad Zeid Al-Hussein, a medida deve ser tomada em caráter de urgência, em especial na América Latina, onde a incidência do vírus e de casos é maior. "É urgente que as leis que restringem o acesso a estes serviços sejam revistas em adequação com as obrigações dos direitos humanos, a fim de garantir o direito à saúde para todos", exortou a autoridade.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A porta-voz da instituição, Cecile Pouilly, protestou ainda contra a falta de coerência das autoridades, que vêm recomendando que não se engravide neste momento, mas não disponibilizam os meios adequados. "Como podem pedir a essas mulheres que não engravidem, sem oferecer a possibilidade de impedir a gravidez?", questionou.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ministro da comunicação

Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia

Imagem de destaque
Balanço semanal

Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná

Imagem de destaque
Emergência

Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos

Imagem de destaque
Drenagem de emergência

'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula


O Alto Comissariado dirigiu o recado à América Latina, onde o mosquito Aedes aegypti é mais presente. O inseto é considerado o maior vetor de transmissão do vírus, que em caso de gravidez pode gerar complicações na formação do feto, em especial causando microcefalia. "Enfrentar a propagação do zika é claramente um desafio maior para governos da América Latina", afirmou Zeid Al-Hussien. "Mas o conselho de alguns governos para que as mulheres adiem a gestação ignora na realidade que muitas mulheres e garotas simplesmente não pode exercer o controle sobre em quais circunstâncias elas vão engravidar, em especial em um ambiente no qual a violência sexual é tão comum".

A entidade advertiu ainda que as legislações que proíbem ou restringem políticas públicas de acesso a serviços de saúde e de procriação, em especial em circunstâncias epidêmicas, como a atual, estão em contravenção com o direito internacional. O Alto Comissariado lembrou ainda que a Organização Mundial da Saúde declarou a epidemia uma emergência internacional e advertiu para a propagação "explosiva" do vírus.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo