O Ministério da Saúde vai monitorar situações de emergência pública registradas durante a Copa do Mundo por meio de um centro nacional de operações com base em Brasília. O Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs) será ativado amanhã (28) e segue em funcionamento até o dia 23 de julho.
De acordo com a pasta, o centro vai monitorar situações de risco, a demanda por atendimento e a vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar respostas diante de emergências em saúde pública nas 12 cidades-sede do mundial. Ao todo, 1,5 mil profissionais estarão envolvidos nas atividades de campo e de monitoramento.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembrou que cada uma das cidades-sede também contará com centros regionais de operações para a troca de informações. A ideia, segundo ele, é padronizar os procedimentos de vigilância sanitária e o atendimento à saúde nos setores público e privado.
Leia mais:
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
Presidente Lula fará procedimento endovascular nesta quinta
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
"Os eventos esportivos não alteram a rotina de atendimento do nosso sistema de saúde, nem do público nem do privado. Haverá continuidade das atividades regulares em todo o país, inclusive nas cidades-sede", disse.
Chioro destacou que, por meio da instalação do Ciocs durante a Copa das Confederações, foi possível dimensionar a quantidade de atendimentos realizados durante um evento esportivo. Na ocasião, o país registrou 1.361 atendimentos nas seis arenas onde houve atividade esportiva. Desses, apenas 35 resultaram em remoção para centros de saúde.
Ainda de acordo com o ministro, a estimativa do governo brasileiro, com base no histórico de outras copas, é que de 1% a 2% dos torcedores necessite de atendimento médico – quase a totalidade dos casos é resolvida no próprio estádio (99,5%).
A pasta informou que foram desenvolvidos planos de contingência para acidentes com muitas vítimas, acidentes com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares, emergências epidemiológicas e desastres. Em caso de ameaça ou incidente dessa natureza, as ações de detecção, descontaminação, apoio ao atendimento à saúde e remoção por meios aéreos serão coordenadas pelo Ministério da Defesa.
As secretarias estaduais e municipais de saúde serão responsáveis por montar, próximo aos estádios, postos médicos avançados que vão funcionar como unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) poderá oferecer reforço com outros nove postos que serão montados apenas em situações que extrapolem a capacidade de resposta das cidades-sede.