O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares com 59 anos ou mais cresceu 1,6% em 2016. O crescimento segue na contramão do mercado, que registrou queda de 2,8% no ano passado. Os números, inéditos, integram a nova edição do boletim Saúde Suplementar em Números, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Enquanto o mercado de saúde suplementar, como um todo, perdeu 1,4 milhão de beneficiários, no ano, 104,2 mil novos vínculos foram firmados com beneficiários de 59 anos ou mais. O resultado, de acordo com o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, se deve, principalmente, à mudança demográfica pela qual o País está passando. "Esta faixa etária, de 59 anos ou mais, é aquela na qual as pessoas mais demandam por serviços de saúde. Portanto, se tiverem condições, irão contratar um plano de saúde", avalia.
Diante da mudança demográfica e da maior demanda, algumas operadoras de planos de saúde, destaca Carneiro, também têm aumentado a oferta de produtos para esta faixa da população. "Estamos vendo o fortalecimento de empresas focadas nesse público, especialmente nos planos individuais."
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Apenas no ano passado, o total de vínculos individuais com beneficiários que tenham 59 anos ou mais cresceu 1,4%. O que representa 31,9 mil novos vínculos deste tipo. Considerando o total da população, os planos individuais perderam 269,5 mil beneficiários ao longo de 2016.
Carneiro alerta, contudo, que o mercado precisa enfatizar questões como o estimulo à promoção da saúde e, principalmente, o modelo de remuneração de prestadores de serviço de saúde. "É muito importante que o mercado apoie e conscientize os beneficiários em idade ativa a cuidarem da sua saúde enquanto estão em idade ativa e em pleno vigor da saúde. Assim, serão idosos mais saudáveis e menos dependentes de serviços de saúde", observa.