A defesa da médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de antecipar a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, pediu nesta semana acesso aos autos do inquérito, que de acordo com a Polícia Civil corre em segredo de justiça.
Segundo o advogado Elias Mattar Assad, a defesa obteve uma ordem judicial obrigando a delegada encarregada pelo caso a fornecer cópias de todo o conteúdo do inquérito. Ele diz, porém, que até o momento não recebeu as cópias dos prontuários médicos e as mídias contendo as interceptações telefônicas.
"Novamente a defesa teve que recorrer a outra ordem judicial, que foi concedida sábado (23) e também não cumprida, sob desculpa da autoridade policial de que estaria "fora do expediente", mesmo estando na delegacia praticando atos do mesmo inquérito", afirmou o criminalista.
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Ainda segundo Assad, a defesa comunicou o juiz que, atendendo parecer do Ministério Público, ordenou, às 16h deste domingo (24), que em 24 horas seja justificado o motivo do descumprimento.
Para o advogado, a autoridade policial se nega a fornecer as cópias pois não há provas do envolvimento da médica. "Não está provada sequer a existência do fato criminoso, pois não há prova científica de que as mortes tenham causas diferentes das constantes das certidões de óbito e de laudos do IML" disse o defensor.