A presidente Dilma Rousseff defendeu na manhã desta quarta-feira, 11, o programa Mais Médicos, do governo federal. "Vi um cartaz que dizia ''obrigada presidenta Dilma pelo Mais Médicos''. É obrigação de um governo escutar a demanda da população. Um governo não pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito", disse a presidente, em cerimônia de anúncio de novos investimentos em Mobilidade Urbana em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
"Quando está em questão o interesse do povo do País não existe nenhum outro interesse maior, de nenhuma corporação, de nenhum segmento", disse Dilma. "Nós respeitamos os médicos nesse País, agora temos uma avaliação: faltam médicos", completou.
Ela comentou que o programa primeiro dá oportunidade aos brasileiros, mas afirmou que o governo federal fará o "possível e o impossível" para garantir a permanência de médicos em municípios que não possuem profissionais nos postos de saúde e na atenção básica. "Nós traremos médicos formados fora do Brasil para trabalhar na atenção básica, nos postos de saúde", disse.
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Dilma afirmou ainda que há 701 municípios onde não mora nenhum médico. "Nós, com isso, estamos querendo fazer uma coisa importante, que é resolver um problema de caráter emergencial e urgente, porque a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem."
Ela ressaltou que, paralelamente, a formação de médicos dentro do Brasil será ampliada, "assegurando que sejam formados em regiões do interior do País e nas periferias das grandes cidades". "Geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência, vamos ampliar também o número de médicos especialistas", afirmou.
"Estamos fazendo algo que é diferente do resto do mundo? Não estamos", disse a presidente. Ela ressaltou que nos Estados Unidos cerca de 25% dos médicos se formaram fora do país, no Canadá o porcentual chega a 30%. "Aqui no Brasil, 1,78%. Não existe justificativa para esse número", completou.
Ela afirmou que o governo quer também que o Brasil melhore a infraestrutura de atendimento e os hospitais, com mais recursos. "Por isso o governo federal apoiou a destinação de 25% dos royalties (de petróleo) para a saúde", comentou.
A presidente disse que o governo defende o programa Mais Médicos, porque ele representa melhora na vida das pessoas. "Sabe onde falta médico? Em Ipanema não falta, não, nem no Leblon, agora aqui falta", finalizou a presidente, que estava em São Gonçalo.