O saldo deixado pela gestão anterior nos cofres da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba chegou, até o momento, a R$ 97 milhões negativos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo prefeito Gustavo Fruet, durante o discurso de abertura dos trabalhos da Câmara Municipal.
"Boa parte dessas dívidas são assistenciais, de prestadores de serviços de saúde como clínicas e hospitais que dependem desses repasses", comentou o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda.
Durante o primeiro mês de trabalho, Massuda enfrentou o momento mais grave da crise do Hospital Evangélico, que não recebeu os pagamentos referentes aos últimos três meses de 2012. O pronto-socorro chegou a ficar fechado por mais de 24 horas e os funcionários das duas unidades da SMS no Bairro Novo que são administradas pelo hospital – Centro de Especialidades e o Centro Comunitário (Hospital) – enfrentaram a paralisação dos funcionários por vários dias.
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Dois Centros de Assistência Psicossocial (Caps) existentes em Curitiba também ameaçaram interromper o atendimento. O Caps Ômega e o Afetiva são privados, mas subsidiados com recursos federais por meio de uma parceria com a SMS. Depois deste episódio, a Secretaria informou que iniciou um diagnóstico da rede de saúde mental para identificar a situação dos 24 contratos de 13 empresas prestadoras de serviços assistenciais na área de saúde mental. Esse levantamento deve ficar pronto nos próximos dias.
"Nossa principal preocupação foi não interromper os serviços e evitar a descontinuidade dos atendimentos em saúde e serviços de epidemiologia e sanitários. Recebemos inúmeros credores, ameaçando greve por falta de pagamento", relatou Massuda.