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Colágeno

Doença faz mulher de 60 anos ter pele de 40

BBC Brasil
18 nov 2010 às 22:53

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- BBC Brasil
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Um distúrbio responsável pela produção de colágeno em excesso fez com que uma britânica de 61 anos tivesse a pele de uma mulher de 40 anos.

Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson - cujo caso foi revelado pelo jornal Daily Gazette - sofre de uma rara doença chamada esclerodermia.

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O distúrbio, que provoca um endurecimento anormal da pele, com perda de flexibilidade e mobilidade, ocorre quando o corpo produz colágeno (a proteína que nos faz parecer jovens) além da conta.

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Muitas mulheres gastam milhares de reais em injeções de colágeno para melhorar o aspecto de sua pele e de seus lábios. A proteína também está presente em boa parte dos cremes antienvelhecimento.

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Mas, embora o distúrbio deixe Johnson com pele firme no rosto, mãos, pescoço e pés, ele também causa fortes dores e o inchaço de suas juntas.


"Não tenho nenhuma pele solta nos meus braços, então carregar sacolas ou fazer compras é muito doloroso, e não tenho forças neles para me levantar da banheira", disse ela ao Daily Gazette.

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"Mesmo descascar uma batata pode ser difícil, já que os meus dedos são dobrados."


Clima úmido ou frio

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Segundo Johson, suas dores se intensificam ainda mais quando o clima está úmido ou frio. Ela conta que descobriu a doença no último inverno, quando a temperatura caiu e seus dedos começaram a formigar, além de ficarem azulados e avermelhados.


Inicialmente, os médicos acharam que Johnson sofria do fenômeno de Raynaud, distúrbio que impede que o sangue alcance os dedos das mãos e dos pés com a mudança de temperatura.

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Mas, após passar por exames num hospital em Londres, ela foi diagnosticada com esclerodermia.


Os sintomas do distúrbio que acomete Johnson são semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos.

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No caso da britânica, porém, só a pele foi afetada.


"Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos", diz ela.

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Tratamento


Para tratar a doença, que afeta três vezes mais mulheres do que homens, Johnson recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores.


Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos.

Por enquanto, ela não tem cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.


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