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Estudo aponta tratamento que melhora qualidade de vida para quem tem endometriose

Redação Bonde
01 fev 2016 às 16:07

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Um recente estudo desenvolvido na Universidade de Campinas (Unicamp), comprovou que a eletroestimulação é uma das formas mais eficientes de reduzir a dor causada pela endometriose.

No experimento pioneiro, que utilizou um aparelho desenvolvido no Brasil, 100% das pacientes tiveram os sintomas reduzidos, melhorando consideravelmente sua qualidade de vida. Em alguns casos graves, o alívio da dor foi maior do que o proporcionado pela terapia hormonal.

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O que é endometriose?
A endometriose é uma doença inflamatória crônica que surge quando o endométrio, camada que reveste o útero, migra e passa a crescer em outras partes do corpo, como ovários, intestino, bexiga e parede externa do útero. O problema afeta entre 5 a 15% das mulheres em idade reprodutiva, causando dor e, muitas vezes, infertilidade.

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Os sintomas principais são dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, cólica menstrual forte, dificuldade de defecar e desconforto ao urinar. Entre os tratamentos tradicionais estão o uso de hormônios e a intervenção cirúrgica, mas nem sempre há melhora significativa. Neste cenário, a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (tecnologia TENS) surge como uma alterativa barata e não invasiva para tratar a dor.

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Estudo e tratamento
A tecnologia TENS parte do princípio de que as informações recebidas por todas as partes do nosso corpo são levadas ao cérebro por meio de pulsos elétricos. Se algo vai mal, sentimos um incômodo como uma forma de alerta. O uso da eletroestimulação, de eficiência já comprovada, controla o mecanismo da dor, pois impede que seu estímulo chegue ao cérebro.


O estudo foi feito com 22 mulheres portadoras de endometriose profunda, por meio da aplicação de Tanyx, o primeiro aparelho TENS portátil e autoaplicável desenvolvido aqui no Brasil, usado na região do cóccix. O resultado foi surpreendente, para 100% das pacientes a eletroestimulação proporcionou grande alívio da dor.

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As participantes ainda relataram aumento no bem-estar e na autoestima. Em um segundo momento, elas sentiram melhora significativa na capacidade de trabalho e na vida sexual, que muitas vezes inexistem devido à presença constante de dor.


Em casos graves de endometriose, aqueles sem resposta satisfatória à terapia hormonal, o alívio da dor proporcionado pelo TENS foi bastante relevante. Vale lembrar que a tecnologia atua como um tratamento complementar, não dispensando o acompanhamento médico.


O ensaio clínico sobre o controle da dor em mulheres com endometriose profunda foi premiado com o 1º lugar na área de Ginecologia do XX Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia de 2015, em agosto, e também publicado no European Jornal of Gynecology and Obstretrics.

(com informações do site Bolsa de Mulher)


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