Um estudo recente publicado no renomado periódico JAMA (Journal of the American Medical Association), comprovou a segurança e o benefício antioxidante da vitamina E para pacientes na fase leve e moderada do Alzheimer. A vitamina E já é amplamente reconhecida como benéfica para o estágio avançado da doença.
Denominado "Effect of Vitamin E and Memantine on Functional Decline in Alzheimer Disease" (Efeito da Vitamina E e Memantina no Declínio Funcional na Doença de Alzheimer, tradução livre), com mais de dois anos de duração, o estudo comprovou que pacientes que tomaram altas doses de vitamina E tiveram o declínio funcional (capacidade de realizar atividades diárias como vestir roupas e se alimentar, por exemplo) mais lento que aqueles que tomaram placebo. Também foi constatado que os pacientes que receberam a suplementação de vitamina E requisitaram duas horas a menos de ajuda do cuidador por dia. Este foi o maior e mais longo estudo do tipo já realizado.
"O estudo demonstra que a vitamina E pode contribuir para tornar mais lenta a progressão da incapacidade na doença de Alzheimer," explica o Dr. Paulo Henrique Bertolucci, neurologista, diretor do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Unifesp. "Além disso, é importante ressaltar que altas doses de vitamina E se mostraram seguras para esses pacientes", completou.
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Outro achado foi que a memantina, medicamento mais prescrito para tratar o Alzheimer, não teve nenhum efeito significante na melhoria funcional em comparação ao placebo. "A memantina é um tratamento importante, que tem demonstrado efeitos positivos no atraso da progressão do Alzheimer, no que diz respeito à função cognitiva", finaliza o especialista.