Apenas uma dose das vacinas anti-Covid desenvolvidas pela Universidade de Oxford/AstraZeneca e pela Pfizer/BioNTech consegue reduzir em 65% o risco de infecção por coronavírus Sars-CoV-2, revelou um estudo preliminar feito pela própria instituição de ensino britânica e o Gabinete de Estatísticas do Reino Unido e divulgado nesta sexta-feira (23).
Para chegar à conclusão, foram analisados os perfis de 350 mil pessoas vacinadas no território britânico entre os meses de dezembro de 2020 e abril de 2021. Os pesquisadores descobriram que o efeito na redução da contaminação surgiu 21 dias após os cidadãos tomarem a primeira dose.
O estudo ainda mostrou que ambas as vacinas mostraram mais eficácia nos casos sintomáticos do que nos assintomáticos, reduzindo 72% e 57%, respectivamente, a chance de contrair a Covid-19.
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No entanto, os cientistas continuam recomendando a aplicação das duas doses necessárias para ter uma eficácia ainda maior.
Os dois imunizantes são completamente diferentes em sua elaboração. A Cominarty, da Pfizer/BioNTech, usa a inédita tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), uma proteína sintética que codifica a proteína spike (a "coroa de espinhos" do Sars-CoV-2).
Já Vaxzevria, da Oxford/AstraZeneca também usa uma tecnologia nova, mas com base em um método mais tradicional de produção, com um adenovírus inativado para a produção da mesma proteína.
Após a segunda dose, a Cominarty apresentou um índice de eficácia de 90%, mas ainda não há estudo final sobre a Vaxzevria.
Em fevereiro deste ano, o Consórcio Nacional de Avaliação do Programa de Imunização do Reino Unido anunciou uma pesquisa com 800 voluntários combinando as duas vacinas para verificar se há benefícios na proteção à doença.