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Células-tronco influenciam

Estudo relaciona dieta gordurosa a maior risco de câncer

Redação Bonde
04 mar 2016 às 15:39

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- Reprodução/Pixabay
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Após realizar experimentos com camundongos, um grupo de cientistas conseguiu esclarecer o mecanismo biológico que faz com que alimentos gordurosos aumentem o risco de desenvolver câncer de intestino.

Nesse novo estudo os pesquisadores mostraram que o consumo de gordura faz o intestino produzir mais células-tronco, que são células versáteis responsáveis por regenerar a parede intestinal, que sofre desgastes constantemente.

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Células-tronco são "indiferenciadas" e capazes de se tornar outros tipos de tecido no organismo, uma qualidade que, por outro lado, também as coloca em maior risco de produzir tumores. Daí surge a ligação entre a gordura e o câncer.

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A descoberta foi estabelecida em experimento que comparou roedores alimentados com muita gordura a outros mantidos sob dieta balanceada.

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"Uma dieta altamente gordurosa aumenta o número e a proliferação de células-tronco intestinais, que podem ser parcialmente responsáveis pelo aumento no número de tumores intestinais", escrevem os pesquisadores em estudo na revista "Nature". O trabalho foi liderado por Semir Beyaz, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).


Molécula-alvo
No experimento, os cientistas também conseguiram identificar uma molécula específica -- uma proteína chamada PPAR-Delta -- que é produzida em maior número sob a presença de gordura no intestino. Essa substância estimula uma produtividade maior de células-tronco no intestino.


Essa proteína é uma ativadora de trechos de DNA que induzem nas células o comportamento para regeneração do revestimento do intestino -- e consequente produção de células tronco. A descoberta de sua implicação pode levar a aplicações como terapias para prevenir o câncer.
"Mais pesquisas são necessárias para determinar se intervenções alimentares ou farmacológicas alvejando as células-tronco intestinais poderiam manter saudável a função intestinal e reduzir a incidência de tumores", escreve Pere Puigserver, biólogo da Universidade Harvard, comentando a pesquisa de Beyaz.

(com informações do site G1)


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