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Revelação

Estudo relacionando vacina a autismo era fraude

Agência Estado
06 jan 2011 às 11:53

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- Divulgação
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O dr. Andrew Wakefield, o médico britânico que publicou estudos ligando vacinas com autismo e acabou caindo em desgraça, cometeu uma "fraude elaborada" ao falsificar dados, afirmou na quarta-feira a British Medical Journal.

Os editores da publicação disseram não ser possível que Wakefield tenha cometido um erro e que ele deve ter falsificado dados para seu estudo, o qual convenceu milhares de pais de que as vacinas são perigosas, fato que motivou o avanço de surtos de caxumba e sarampo.

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A publicação, conhecida por suas iniciais, BMJ, endossou suas afirmações com uma série de artigos de um jornalista que se valeu de registros médicos e entrevistas para mostrar que Wakefield falsificou dados.

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A reportagem descobriu, por exemplo, que Wakefield, que incluiu informações de apenas 12 crianças em sua pesquisa, estudou pelo menos 13 e diversas mostraram sintomas de autismo antes de terem sido vacinadas.

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O temor de que a vacinação pudesse causar autismo levou pais a deixarem de lavar as crianças para receber as doses e também resultou em custosas reformulações de várias vacinas.



"Quem perpetrou essa fraude? Não há dúvida de que foi Wakefield", disseram a editora da BMJ, dra. Fiona Godlee, a subeditora Jane Smith e o editor associado Harvey Marcovitch em um artigo, disponível no site http://www.bmj.com/content/342/bmj.c7452.

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Em 1998, a publicação médica The Lancet, rival da BMJ, apresentou um estudo de Wakefield e colegas relacionando a vacina Tríplice Viral-MMR (contra sarampo, caxumba e rubéola) com o autismo.



Os outros pesquisadores retiraram seu nome do estudo e a Lancet se retratou formalmente em sua edição impressa, em fevereiro.

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Wakefield nega as acusações. "O estudo não é uma mentira. As descobertas que fizemos foram reproduzidas em cinco países", disse Wakefield à TV CNN na quarta-feira.



Um painel disciplinar do Conselho Geral Médico Britânico afirmou em fevereiro passado que Wakefield havia apresentado sua pesquisa de modo "irresponsável e desonesto" e levou a profissão médica ao descrédito.


A editora Godlee e colegas afirmaram que o trabalho "foi baseado não em má ciência, mas em fraude deliberada."


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