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Para tratar Doença de Wolman

EUA liberam produção de galinha geneticamente modificada

Redação Bonde
15 dez 2015 às 11:46

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Diferentemente do salmão transgênico, a nova galinha não será própria para consumo. A ave foi geneticamente modificada para que seus ovos produzam a Kanuma (Sebelipase alfa), que significa o primeiro tratamento para pacientes com uma doença rara conhecida como Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica, ou Doença de Wolman.

O problema está associado à deficiência de enzimas que tem função de metabolizar as gorduras. Isso leva ao acúmulo desta substância nas células dos órgãos, principalmente no fígado e intestino delgado. A doença afeta um em cada 350 mil nascidos no mundo.

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A nova terapia fornece essa proteína capaz de produzir a lipase (enzima que digere os lipídios) ácida lisossômica (responsável pela digestão das células). As proteínas, inativas nos pacientes que sofrem com a doença, estão presentes na clara do ovo das galinhas modificadas geneticamente.

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As claras são refinadas e delas são extraídas as substâncias para a produção da droga Kanuma. Depois, o medicamento é administrado dentro das veias, a cada uma ou duas semanas, dependendo do caso.


"A deficiência é uma condição rara e hereditária, que pode levar a sérias complicações nos órgãos, especialmente no início da infância. Usando essa tecnologia, os pacientes pela primeira vez têm acesso ao tratamento que pode melhorar suas vidas e aumentar as chances de sobrevivência", diz Janet Woodcock, do Centro de Avaliação e Pesquisas de Drogas dos Estados Unidos.

Como foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), as galinhas teoricamente não oferecem risco ao meio ambiente e a outras pessoas. Elas serão criadas especificamente com o intuito de produzir ovos para o tratamento da doença, e seu consumo e comercialização estão proibidos. "A empresa tomou medidas rigorosas para garantir que nem as galinhas e nem os ovos entrarão no mercado alimentício, e nós confirmamos seus sistemas de contenção, inspecionando suas instalações", comenta Bernadette Dunham, da FDA.
(com informações do site SuperInteressante)


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