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Ex-cafetina fornecerá sexo gratuito para deficientes

BBC Brasil
19 jan 2013 às 14:48

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Ex-cafetina, a britânica Becky Adams espera abrir um bordel estritamente dedicado à prestação de serviços para pessoas com deficiência. Ela já estabeleceu um serviço gratuito que conecta as pessoas com necessidades especiais a mulheres que trabalham como prostitutas.

Becky disse a Jeremy Vine, BBC Radio 2, ter recebido muitos e-mails de pessoas que procuram trabalhar com ela neste serviço.

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Atualmente, ela já provê um serviço de acompanhantes para portadores de deficiência que estejam em busca de serviços sexuais. Trata-se de uma agência chamada Para-Doxies, uma organização sem fins lucrativos.

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O problema da agência, ela explica, é que nem sempre é fácil combinar o pedido do cliente e a agenda das profissionais.

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"Com a Para-Doxies pode levar até um mês para que a gente consiga achar a garota certa na região do cliente", diz, ao explicar por que quer abrir um bordel sem fins lucrativos.


"Como atuamos nacionalmente, às vezes recebo um e-mail de alguém em Carlisle (noroeste da Inglaterra, a 420km de Londres) pedindo para ver uma profissional cujo local de atendimento tenha, por exemplo, acesso para cadeirantes. Então é preciso achar alguém naquela área, organizar o transporte e verificar questões legais com eventuais acompanhantes ou com a residência (para pessoas com necessidades especiais)", detalha.

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"Ainda bem que conheço milhares de profissionais do sexo".


'Facilitar o orgasmo'

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Ela afirma não cobrar pelos serviços prestados pela Para-Doxis, porque a maior parte de seus clientes depende de benefícios sociais para sobreviver, e não poder arcar com as despesas.


"Como negócio, seria um fiasco", ela avalia.

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Ela diz ainda que para a maioria dos beneficiários do serviço, "sexo convencional está fora de questão", devido às condições especiais dos clientes.


"Temos a preocupação de entender o que eles gostam e também de educá-los a ter prazer sozinhos. Mas muito simplesmente não podem fazer nada sozinhos. Então, ensinamos respiração tântrica para facilitar o orgasmo."

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Becksy diz ainda que o número de profissionais do sexo se oferecendo para prestar estes serviços tem crescido.


"Recebo tantos e-mails de profissionais quanto de pessoas procurando por serviços. Muitas mulheres dizem que o serviço é importante e que poderiam trabalhar um dia, ou que estariam disponíveis em uma área específica. E temos que lembrar que muitas destas mulheres foram enfermeiras antes."

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Universitárias


Becky Adams, de 44 anos, trabalhou como dona de bordel no sul da Inglaterra por 25 anos.


Recentemente, ela foi selecionada para ajudar a Universidade de Swansea, no País de Gales, em um projeto que tem como objetivo pesquisar estudantes universitários que trabalhem na indústria do sexo.

A iniciativa, a ser desenvolvida em três anos, recebeu recursos da ordem de R$ 1,5 milhão da Loteria Britânica. Ela examina as motivações das estudantes para entrarem na indústria do sexo.


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