Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saúde da Mulher

Experiência brasileira com bancos de leite é partilhada com Universidade de Michigan

Redação Bonde / Fiocruz
12 set 2014 às 17:38

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Responsável pelo declínio de 73% na mortalidade infantil brasileira nas últimas décadas, o sistema de banco de leite humano do país despertou o interesse da Universidade de Michigan (UM), nos Estados Unidos, especialmente da pediatra americana Lisa Hammer.

Junto com outros profissionais de saúde da instituição, Lisa esteve no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), entre os dias 25 e 29 de agosto, para conhecer e aprender com a experiência desenvolvida pela Fiocruz.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Nos Estados Unidos, o sistema de banco de leite fica muito aquém da demanda e basicamente não é regulado. "Aqui o leite materno é vendido por U$ 4 por Oz (0.118 L). É uma barreira significativa e no Brasil essa barreira foi removida", explica Lisa. Para a coordenadora de Produto e Qualidade da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano do IFF, Danielle Aparecida da Silva, os EUA têm um modelo que não tem a responsabilidade e nem a prática da amamentação, a não ser o dia a dia, e este foi o grande diferencial.

Leia mais:

Imagem de destaque
Eficácia de 100%

Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science

Imagem de destaque
Harvard

Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2

Imagem de destaque
Novo boletim

Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital

Imagem de destaque
Reforçar os estoques

Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano


"Saber como grande parte da população amamenta, como manter os níveis elevados e como a amamentação ajudou a diminuir a mortalidade infantil foi o que atraiu a atenção da UM. Consequentemente, eles se interessaram em como trabalhamos o leite humano como um fluido funcional. Eles vieram em busca de como manipular o alimento", explica.

Publicidade


O Brasil é conhecido internacionalmente pela sua rede bem organizada, com bom custo-benefício, regulamentação dos bancos e ampla aceitação social de práticas de aleitamento materno e doação de leite humano. "Os EUA chegaram até nós por meio do Prêmio Sasakawa de Saúde. Esta premiação veio justo pelo diferencial que temos. Não somos somente um banco de leite, onde a mãe o deposita e nós distribuímos.


Também começamos a trabalhar a promoção e o incentivo ao aleitamento materno. Não vemos o leite humano como um medicamento. Conseguimos manter um padrão de qualidade de um alimento funcional e com isso trazemos a tecnologia de alimento e a adaptamos para manter características que não vão servir somente a um bebê, mas a diversas necessidades de vários bebês", comenta Danielle.

Publicidade


Rede de leite


O leite materno doado para um banco passa por um processo de seleção, classificação e pasteurização e é então distribuído aos bebês internados em unidades neonatais. "O alimento vai ajudar no sistema imunológico, no crescimento e desenvolvimento e auxilia também em aspectos probióticos. Ou seja, temos um cuidado maior com esse leite, pegamos todas as características dele para suprir as necessidades de cada bebê", esclarece a coordenadora.

Publicidade


A rede brasileira também fornece educação e treinamento para os funcionários de bancos de leite, realiza pesquisas sobre a metodologia do leite doado e o controle de qualidade humana, divulga informações sobre bancos de leite e colabora com o governo nacional na concepção de políticas de saúde pública.


A Universidade de Michigan foi a primeira faculdade de medicina americana interessada na colaboração com a rede de banco de leite brasileiro, e se uniu ao Brasil para saber mais sobre este sistema exclusivo e quem sabe implantá-lo nos EUA.


A delegação incluiu médicos, enfermeiros, nutricionistas, consultores de lactação e estudantes de saúde pública da UM. Eles trabalharam diretamente com os colaboradores para adquirir experiência prática e desenvolver projetos internacionais com foco em aleitamento materno, leite humano e nutrição infantil.

Esta semana experimental deve começar a definir o cenário para uma parceria internacional, que potencialmente será que um exemplo de como a colaboração global pode melhorar a saúde infantil em todo o mundo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo