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Efeitos

Fiocruz e universidade dos EUA estudam reações graves à vacina da febre amarela

Agência Brasil
17 abr 2017 às 20:46

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- Daniel Guimarães/A2img
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Os efeitos adversos graves da vacina contra a febre amarela, embora raros, preocupam as autoridades médicas e de pesquisa dentro e fora do Brasil. Para tentar identificar as causas, pesquisadores da Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da Universidade Rockefeller, dos Estados Unidos, iniciaram uma parceria para estudar fatores individuais para o problema, que pode ter origem genética.

Entre os possíveis efeitos adversos da vacina contra febre amarela, o mais grave é a doença viscerotrópica, que pode causar choque, derrame pleural e abdominal, e falência múltipla dos órgãos.

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Segundo o pesquisador Reinaldo de Menezes Martins, consultor científico da Bio-Manguinhos, os efeitos adversos ocorrem em uma a cada 300 mil pessoas vacinadas e a média é de uma morte a cada 10 a 20 casos em que há reação à vacina. Ainda não foram encontrados mutações no vírus da vacina ou problemas ligados à produção que pudessem explicar esses eventos adversos, que segundo ele, devem ter origem genética.

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"Essas reações acometem muitas vezes pessoas absolutamente saudáveis. Resta estudar algum fator individual que faz com que certas pessoas sejam sujeitas a esses eventos adversos. Imaginamos que esse fator individual deve ser de natureza genética."


Caso seja confirmada a relação dos efeitos adversos da vacina a fatores genéticos, será possível desenvolver um kit diagnóstico para evitar que pessoas com predisposição a reações ao produto sejam imunizadas. Segundo Martins, o protocolo para a pesquisa teve os recursos aprovados, mas falta a liberação da verba.

Um estudo já em andamento na Bio-Manguinhos pode levar à fabricação de vacinas contra a febre amarela sem vírus vivo, que poderia reduzir a possibilidade de efeitos adversos, mas o projeto ainda não tem perspectiva de conclusão, de acordo com o pesquisador. "Os estudos são promissores, mas os testes estão sendo feitos ainda em animais e não temos perspectivas de tê-la pronta nos próximos anos."


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