O porte muscular dos homens durante a adolescência pode ser um indicativo de quanto tempo vão viver, afirmam pesquisadores suecos. A equipe acompanhou mais de um milhão de adolescentes por mais de 24 anos e descobriu que aqueles com menos força nos músculos tinham um risco maior de morrer precocemente.
Boa forma física, porém, não é sinônimo de vida mais longa, dizem especialistas
Os pesquisadores acreditam que a força muscular seja um reflexo do estado geral do corpo, o que explicaria a relação apontada. Especialistas, porém, lembram que manter um corpo musculoso não é sinônimo de ter uma vida mais longa.
Os efeitos da fraca estrutura muscular entre os indivíduos estudados foram similares ao fatores de risco, como pressão alta e obesidade. Quando os pesquisadores levaram em conta esses aspectos, descobiram que existe uma relação entre a morte precoce e a força muscular.
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Durante o estudo, 2,3% dos indivíduos morreram (pouco mais de 26 mil). As principais causas foram ferimentos acidentais, suicídio, câncer, doenças cardíacas e derrames. Um terço das mortes ocorreram por outras causas, mas os cientistas levaram todas as mortes em consideração para os cálculos.
Os adolescentes que tinham uma força muscular acima da média no início da pesquisa tinham de 20% a 35% menos chances de morte precoce, inclusive para doenças cardiovasculares. Eles ainda tinham até 65% menos chances de sserem diagnosticados com doenas psiquiátricas, como depressão ou esquizofrenia.
Em comparação, os adolescentes com a menor força muscular tiveram mais chances de morrer antes mesmo de chegar aos 60 anos. Todos os indivíduos estudados compunham o corpo militar da Suécia e fizeram alguns exercícios para que suas capacidades fossem calculadas.
Um porta-voz da Fundação do Coração Britânica disse que "os benefícios de ser ativo fisicamente em qualquer idade são bastante destacados por estudos que mostram que ciranças podem prevenir o desenvolvimento de doenças futuras, além de melhorar sua concentração na escola, a saúde mental e o bem estar".
Stephen Evans, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse que embora haja evidências de que os exercícios são benéficos à saúde, o estudo não mostra que manter a boa forma necessariamente é sinônimo de longevidade. "Isso, porém, não desestimula eu ou outras pessoas a fazer exercícios", disse.