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Fotos de celebridades ajudam diagnóstico de demência

BBC Brasil
18 ago 2013 às 19:41

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- Divulgação
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Pedir a pacientes que identifiquem fotos de pessoas famosas - como Elvis Presley ou a princesa Diana, por exemplo - pode ajudar médicos a identificar traços precoces de um tipo de demência, dizem pesquisadores.

Atualmente, médicos usam testes de agilidade mental para tentar diagnosticar a doença. Especialistas dos EUA acreditam que um teste adicional de reconhecimento facial pode ajudar esse diagnóstico. Segundo um pequeno estudo publicado no periódico Neurology, o método do reconhecimento facial ajudou a identificar sinais de um tipo de demência em 30 pacientes.

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Mas novos estudos são necessários para saber se a iniciativa serve também para notar outras variações da doença.

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Pontos para rostos

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A pesquisa, da Universidade Northwestern, em Chicago, descobriu que pessoas com afasia primária progressiva (APP) - uma forma rara de demência - em fase inicial tiveram dificuldades em identificar fotos em preto e branco de pessoas famosas, como John F Kennedy, Albert Einstein e Martin Luther King.


Os participantes receberam pontos para cada rosto que conseguiam reconhecer. Se eles não conseguissem lembrar o nome da pessoa famosa, podiam tentar identificá-la descrevendo-a.
Comparados com 27 voluntários sem sinais de demência, 30 pacientes pontuaram muito pouco no teste facial.

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Ainda que seja normal que qualquer pessoa esqueça nomes e rostos ocasionalmente, o fato de esquecer-se de famosos como Elvis Presley pode ser indicativo de problemas mais sérios.
Após o teste, os pacientes foram submetidos a exames médicos, que revelaram perda de tecido cerebral em áreas que lidam com o reconhecimento facial.


Nuances

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Para Tamar Gefen, líder da pesquisa, o teste pode ser útil se somado a outros já usados por médicos para detectar a demência. "Há muitas nuances e diferenças (nos diagnósticos de) demência, então é bom usar diferentes testes", disse ela. O teste de celebridades, porém, teria de ser adaptado para cada indivíduo. Alguém de 45 anos pode não reconhecer, por exemplo, estrelas de Hollywood dos anos 30; e um paciente de 80 anos talvez não identifique famosos atuais.


"É importante dar um diagnóstico preciso para portadores de demência, para que eles possam buscar o cuidado e o tratamento adequados", diz a médica Marie Janson, do grupo Alzheimer's Research UK, ressaltando que são necessários novos estudos. "Diferentes formas de demência podem ser difíceis de se identificar. Estudos como este podem ampliar nosso entendimento sobre como o cérebro é afetado, mas precisamos investir em mais pesquisas para que esses resultados possam ser usadas para um melhor diagnóstico."

Para a Sociedade de Alzheimer britânica, o teste pode ajudar a identificar formas raras de demência "que poderiam passar despercebidas". Mas a entidade ressalta que "problemas de reconhecimento facial não são sintomas de todos os tipos de demência, então precisamos de mais estudos para saber se adaptações desta abordagem podem ter uma aplicação mais ampla".


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