Cerca de 200 funcionários que trabalham no controle da dengue em Curitiba estão em greve desde o dia 6 de fevereiro por causa de atrasos no pagamento de salário. Os funcionários são contratados por uma empresa que é terceirizada e tem repasses mensais para pagamentos trabalhistas por parte da prefeitura.
Um protesto foi realizado pela manhã desta sexta-feira (15) em frente à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Os funcionários pediram para que a prefeitura libere o dinheiro para os vencimentos e benefícios que, segundo o poder público da Capital, estão parados por causa de pendências trabalhistas da empresa Saneamento Ambiental Urbano (SAU), que contrata os funcionários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco), Manasses Oliveira, os atrasos seriam rotineiros, desde 2012. "Os empregados chegaram a parar no início do ano e a prefeitura fez o repasse do dinheiro atrasado para o salário. A situação agora se repetiu". Os trabalhadores estão há dez dias sem receber o pagamento de fevereiro.
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Segundo o Siemaco, uma reunião está marcada para as 16 horas desta sexta-feira no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tentar um acordo entre a empresa, prefeitura e servidores. "Caso não haja liberação do dinheiro vamos tentar os meios legais para conseguir o salário. Os trabalhadores não podem ficar tanto tempo sem pagamento", completa Oliveira.
A Secretaria de Saúde de Curitiba esclareceu que não houve atraso na liberação do dinheiro para o pagamento dos funcionários. O problema, segundo o órgão, é uma impossibilidade da Secretaria Municipal de Finanças em liberar o dinheiro porque foi constatada uma dívida trabalhista na empresa SAU, que precisa retirar as certidões negativas trabalhistas para receber o dinheiro devido pela prefeitura.
No início do ano de 2013, segundo a secretaria, a atual gestão teria se comprometido, durante reunião com os trabalhadores, a não atrasar mais os repasses para pagamento dos funcionários. A reportagem do Portal Bonde entrou em contato com a SAU, mas nenhum responsável foi encontrado para responder sobre o assunto.