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Semente do bem

Gergelim ajuda a controlar o colesterol e previne derrames

Redação Bonde
10 ago 2015 às 17:42

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As sementes provenientes do gergelim (Sesamum indicum L.), nativo da Ásia e África, consiste numa das oleaginosas mais antigas que se tem registro de consumo pelo ser humano e, atualmente, em razão de sua resistência a diferentes climas, é cultivada mundialmente.

A semente de gergelim se destaca por apresentar elevado conteúdo de gorduras que correspondem a mais de 50% da sua composição, sendo que o seu óleo é especialmente resistente à oxidação e é rico em gorduras mono e poli insaturadas - sobretudo os ácidos graxos ômega-9 (ácido oleico) e ômega-6 (ácido linoleico) e, em menor proporção, o ômega-3 (na forma do ácido alfa-linolênico). Este perfil de gorduras auxilia beneficamente no controle dos níveis de colesterol no sangue, contribuindo assim para um melhor perfil lipídico e redução no risco de desenvolvimento da aterosclerose e de eventos cardiovasculares como infartos e derrames.

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Adicionalmente, os fitoesteróis, que são compostos encontrados em vegetais que apresentam estrutura química semelhante à do colesterol - encontrados no gergelim, quando presentes na alimentação em quantidades suficientes, são capazes de reduzir os níveis de colesterol LDL (denominado popularmente de "colesterol ruim").

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As proteínas estão presentes em menor proporção na semente do gergelim, entretanto, dentre os aminoácidos possui elevada proporção de metionina, um aminoácido essencial, importante para a síntese muscular e metabolismo do fígado.

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As fibras alimentares correspondem a cerca de 10% da composição da semente de gergelim e apresentam as mucilagens que agem estimulando o peristaltismo, ativando a circulação sanguínea na parede intestinal e, consequentemente regularizando o trânsito intestinal, elemento favorável a indivíduos que apresentam constipação e hemorroidas.


Estudos conduzidos em indivíduos diabéticos, demonstraram um potencial efeito benéfico do consumo de semente de gergelim no controle da glicemia. Uma possível explicação para a observação deste efeito seria a presença das fibras alimentares que resultariam na redução do índice glicêmico das refeições e, consequentemente, um menor pico glicêmico.

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Adicionalmente, sugere-se que as fibras, juntamente a outros compostos bioativos, poderiam melhorar a sensibilidade das células à ação da insulina, apesar dos mecanismos ainda serem desconhecidos.


As sementes de gergelim contam também com outras vitaminas e minerais, sendo um alimento fonte de vitamina E, um potente antioxidante que protege as células frente a ação dos radicais livres, fósforo, mineral fundamental para a formação de ossos e dentes, cuja deficiência pode levar à osteomalácia, vitamina B1, atua no funcionamento adequado do sistema nervoso, músculos e coração, vitamina A, cuja função está relacionada à saúde ocular, mucosas e pele, entre outros nutrientes em menor proporção.

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A semente de gergelim costuma ganhar destaque por ser um alimento de origem vegetal fonte de cálcio. Estima-se que 100 gramas da semente de gergelim forneçam cerca de 975mg de cálcio. O cálcio é um mineral fundamental para a coagulação sanguínea, contração muscular e a formação óssea, sendo que a necessidade de consumo diária varia conforme a idade e o estágio de vida, estando mais elevada em certas condições como a menopausa, tornando-se importante para evitar a perda de massa óssea acelerada.


É importante ressaltar que além do conteúdo bruto de cálcio, deve-se considerar a capacidade de absorção do nutriente no organismo. No caso do gergelim, apesar do elevado conteúdo deste mineral, a biodisponibilidade de cálcio é reduzida em função da presença de fatores antinutricionais como o fitato e, principalmente, o oxalato presentes na casca da semente de gergelim.

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O cobre é outro nutriente presente na semente de gergelim e, pode ser um adjuvante na redução de dores e inchaços presentes na artrite reumatoide, fato que se deve pelo cobre estar relacionado a uma série de sistemas de enzimas anti-inflamatórias e antioxidantes. Além disso, o cobre desempenha um papel importante na atividade da lisil-oxidase, uma enzima envolvida na síntese e metabolismo do colágeno e elastina, componentes que fornecem estrutura, elasticidade e resistência a articulações, ossos e vasos sanguíneos.


Além destes nutrientes, as sementes de gergelim contêm compostos bioativos, com destaque para o conteúdo de lignanas. Alguns estudos sugerem que estas substâncias presentes na semente de gergelim sejam metabolizadas pela microbiota intestinal e seus produtos finais podem apresentar efeito estrogênico, influenciando em parte a modulação hormonal e beneficiando mulheres na menopausa.


Destacam-se também outros compostos particulares como o sesamol, que possui propriedades antioxidantes e confere ao óleo de gergelim maior estabilidade à rancificação.

Adicionalmente, a semente possui a sesamina e sesamolina que demonstram exercer um efeito favorável na redução do colesterol e controle da pressão arterial em estudos clínicos. A sesamina, em especial, associou-se também à proteção do fígado frente a danos oxidativos.
(com informações do site Minha Vida)


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