A Secretaria estadual da Saúde começou a analisar nesta semana amostras de marcas de leite vendidas no Paraná. O objetivo é verificar a presença de substâncias que possam adulterar a composição do leite e causar danos à saúde do consumidor, como o formol e o cloreto de sódio. A medida abrange os leites tipo longa vida e pasteurizado.
Equipes das vigilâncias sanitárias municipais estão coletando amostras no comércio e encaminhando produtos de diferentes marcas ao Laboratório Central do Estado, em Curitiba. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, neste primeiro momento serão avaliadas amostras das três marcas gaúchas que tiveram lotes adulterados, além de outras duas marcas paranaenses que estão sob suspeita.
"O monitoramento da qualidade do leite já é realizado no Paraná, tanto na etapa de produção quanto na etapa final, quando o produto já está disponível no mercado. A diferença é que agora esse sistema de monitoramento fica mais completo, podendo identificar substâncias utilizadas para adulterar o volume do produto", explicou o superintendente.
Leia mais:
Famílias que ganham até R$ 1.200 por mês usam 82% dos recursos aplicados no SUS
Novo plano para combater câncer de colo do útero tem foco em rastreio e vacina
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
PROCESSO – Quando o leite ainda está no laticínio, ele passa por um rígido controle de qualidade que avalia características microbiológicas e físico-químicas, como parâmetros de acidez, teor de cinzas, enzimas, teor de proteínas e adição de água. Nesta fase, as inspeções são de responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - se o produto for comercializado somente no Paraná - e do Ministério da Agricultura, se o produto tiver distribuição nacional.
Já o produto final, disponível no comércio, é submetido novamente às mesmas análises de qualidade, mas o trabalho é feito pela Vigilância Sanitária do Estado. Com a inclusão da análise de adulteração, o Governo poderá verificar se houve mudanças na composição do leite no processo de transporte entre o laticínio e o comércio.
De acordo com o coordenador do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, esta nova análise entra na rotina de fiscalização da Vigilância Sanitária e abrangerá todo leite consumido no Paraná. O leite das crianças, distribuído gratuitamente pelo Governo do Estado, também é alvo de inspeções periódicas e passará por esta nova análise.