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Gripe fez 70 vítimas em 2017, 35% eram cardiopatas

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
04 mai 2017 às 15:40

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- Reprodução/Pixabay
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A gripe é uma doença respiratória viral aguda transmitida entre as pessoas. Pacientes com doenças cardiovasculares crônicas, como insuficiência cardíaca, doença coronariana e hipertensão apresentam maior risco de gripe com complicações e são uma das prioridades para a vacinação contra a influenza, doença causada pelo vírus da gripe.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indica a imunização contra a influenza como a melhor forma de prevenção para os riscos da gripe nesse grupo. "Para quem possui a saúde debilitada por problemas cardíacos, existe um maior potencial de infecção com complicações, levando a uma pneumonia com chances de hospitalização", comenta Marcus Bolívar Malachias, presidente da SBC.

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Outros fatores de risco, inclusos nesse grupo prioritário, precisam de atenção, como tabagismo, diabetes e colesterol alto. "Pacientes que realizaram transplante de coração também devem se vacinar anualmente", complementa Marcus.

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O estudo "Influenza em pacientes com doenças cardíacas" aponta evidências de que a influenza pode causar miocardite, que é a inflamação do miocárdio, arritmias cardíacas e desencadear infarto agudo do miocárdio, causando complicações graves e óbito, até mesmo em pessoas previamente saudáveis. A vacinação reduz significativamente o risco de complicações em pacientes com doenças que comprometem o funcionamento correto das artérias e vasos sanguíneos, como a doença arterial coronariana, algumas condições ateroscleróticas e acidentes cerebrovasculares.

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As manifestações clínicas relacionadas à influenza são as mesmas para os vírus A ou B, porém um estudo de 45 indivíduos com média de idade de 11 anos, conduzido nos EUA, demonstrou que a evolução fatal foi muito mais rápida nos casos de infecção pelo vírus B. Metade dos pacientes infectados com vírus B morreu dentro de três dias após o início dos sintomas.


A proteção contra o vírus B pode ser feita através vacina quadrivalente. A quadrivalente da Sanofi Pasteur proporciona maior proteção contra a influenza e suas complicações, pois contém uma cepa B adicional em relação à vacina trivalente (duas A e duas B), e é a única vacina quadrivalente licenciada para crianças a partir dos seis meses de idade. As duas cepas B, Yamagata e Victoria, têm cocirculado com as cepas A (H1N1) e A (H3N2) há mais de uma década, em diversos países, incluindo o Brasil. A vacina é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


A efetividade da vacina contra a gripe (ou sua capacidade de prevenir a doença e suas complicações) pode variar de uma temporada para outra. Também pode mudar dependendo da pessoa que recebe a vacina, de acordo com sua idade e estado de saúde e conforme a semelhança ou "compatibilidade" entre os vírus incluídos na vacina e aqueles disseminados na comunidade.

Apesar dessas variações, estudos demonstram que, caso indivíduos vacinados contraiam a enfermidade, os sintomas serão mais leves, além de diminuir o risco de hospitalização, especialmente no caso de crianças, idosos e portadores de doenças crônicas, entre os quais ocorrem quadros mais graves e maiores índices de mortalidade.


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