Com o objetivo de discutir modelos de gestão de hospitais públicos universitários, dirigentes de Hospitais Universitários do estado, professores, estudantes e profissionais da área de saúde se reúnem no próximo dia 29, no "I Simpósio: Novos Modelos de Gestão e Financiamento dos Hospitais Universitários do Paraná". O simpósio será realizado no Crystal Palace Hotel, no Centro de Londrina.
O debate contará com a presença de dirigentes de três hospitais públicos que já adotam modelos de gestão e financiamento considerados modernos - o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital de Clínicas da Unicamp e Fundação Zerbini, mantenedora do Incor de São Paulo. Os representantes dessas instituições vão falar sobre a experiência desenvolvida nas unidades, considerando gestão e perspectiva para os Hospitais Públicos Universitários.
Os superintendentes dos HUs das Universidades Estaduais de Ponta Grossa, Maringá, Oeste do Paraná e Londrina estarão presentes e deverão expor as dificuldades e desafios dos Hospitais.
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Para a superintendente do HU da UEL, Margarida Carvalho, a exposição e o debate de modelos bem sucedidos podem dar subsídios para o desenvolvimento de novos modelos de gestão e de financiamento para os hospitais paranaenses.
"A parceria público-privada deu muito certo em alguns hospitais. Gostaríamos de aprender mais sobre esses modelos de gestão. Os diálogos para a mudança nas instituições paranaenses ainda são incipientes, mas precisamos nos organizar, juntar mais experiências", define a diretora.
O encontro deverá resultar na "Declaração de Londrina", documento que será entregue às autoridades municipais, estaduais, além de representantes de esferas nacionais ligadas à saúde. A idéia é envolver a sociedade civil e entidades representativas como ACIL, OAB, AML, Codel e Ministério Público. A realização é do HU de Londrina, em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do HU (HUTec).
Alternativas
O coordenador técnico-científico do Simpósio, médico Manoel Canesin, considera a discussão urgente. "As três instituições convidadas já encontraram novos modelos, que, embora ainda precisem de aperfeiçoamento, estão dez anos à frente dos nossos hospitais universitários, que correm o risco de falir se persistirem os atuais problemas", afirma o médico.
Canesin ressalta que a maioria dos profissionais da saúde já constatou a necessidade de mudanças, buscando novas alternativas para o financiamento da saúde pública. Segundo ele, o modelo de gestão do HU de Londrina, por exemplo, foi eficiente no início, mas necessita ser revisto em nome da qualidade do ensino, do desenvolvimento da pesquisa e com foco no paciente.
"Espero que o Simpósio seja um divisor de águas, um começo na implementação de novo modelo de gestão para os HUs do Paraná", finaliza Canesin.