Popularmente conhecido como 'gás do riso', o óxido nitroso está ganhando espaço em hospitais dos Estados Unidos para aliviar as dores do parto.
O produto, normalmente utilizado em consultórios odontológicos, tem sido cada vez mais usado por especialistas devido aos efeitos de curto prazo registrados, além da flexibilidade em sua administração e do barateamento de custos.
Atualmente, 19 hospitais e 14 centros médicos do país usam o óxido nitroso para combater as dores do parto. "O gás é eliminado pelo corpo da mãe em segundos ao inalar o ar do quarto, em comparação aos efeitos mais demorados da anestesia peridural", disse à Agência Efe Loral Patchen, parteira do Hospital George Washington, no Distrito de Columbia.
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Para Patchen, uma de suas vantagens do gás é que ele mantém a mãe consciente e não tira sua mobilidade durante o trabalho do parto; já a anestesia peridural, pode deixá-la anestesiada da cintura para baixo durante várias horas.
Descoberto em 1771, o óxido nitroso começou a ser usado 100 anos mais tarde como analgésico para atenuar a dor das mães durante o parto. Em 1934 seu uso se disseminou quando foi inventado um mecanismo através do qual as mulheres eram capazes de administrá-lo para si mesmas. O procedimento é muito simples, explicou a parteira: "Antes de cada contração a mãe inala o gás através de uma máscara e a dor demora menos de um minuto a sumir, aproximadamente 30 segundos; depois, assim que a mulher deixa de respirar por este meio, os efeitos do gás desaparecem".
Nos EUA, de acordo com a Sociedade de Anestesistas, mais de 60% das mulheres opta pela anestesia peridural na hora de escolher um método que alivie sua dor, uma opção que encarece os custos do parto entre US$ 250 e US$ 1.000, frente aos US$ 15 que custa administrar o gás.
As complicações durante o trabalho de parto causadas pela anestesia são "consideráveis": causam 5% de mortes entre as mães; no entanto, também "se podem prevenir facilmente", segundo números da Sociedade de Obstetras e Ginecologistas (ACOG, na sigla em inglês).
Igualmente, a ACOG previne que o gás nitroso ao ser inalado atravesse a placenta, e sua administração deve ser feita com as devidas precauções e em baixas concentrações para não prejudicar o bebê com a síndrome de depressão neonatal. (Com informações Terra.com )