A Igreja Católica vai se unir ao Ministério da Saúde para fazer uma campanha pelo diagnóstico precoce da aids. Padres e voluntários farão em suas paróquias o alerta sobre a doença a incentivarão os fiéis a fazerem o teste que detecta o HIV.
Tradicional adversária das campanhas de prevenção do ministério, focadas no uso do preservativo - que a igreja condena por ser um contraceptivo -, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoiou a iniciativa. A campanha começa com um projeto piloto em Porto Alegre, João Pessoa, Fortaleza, Curitiba e Manaus.
"Trata-se de uma experiência piloto, que será avaliada e depois será proposta para a Igreja no País todo", explicou o assessor da Pastoral da Aids, frei Luís Carlos Lunardi. A campanha deve focar na necessidade do diagnóstico. Segundo frei Lunardi, a proposta surgiu depois que, em um seminário organizado pela pastoral, foi encaminhado ao ministério um pedido de ampliação dos lugares de teste. A pasta, então, pediu ajuda da Igreja para divulgar a necessidade do teste precoce.
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Apesar de a pastoral tratar da prevenção e afirmar, em seu site, que o sexo inseguro é uma das formas de contágio, não toca no tema "preservativo". No entanto, a intenção da pastoral, afirma Lunardi, é tratar da prevenção para aqueles que foram testados e não estão contaminados. "A Igreja informa a população sobre a epidemia e incentiva as pessoas a procurarem os serviços de saúde para a testagem. As pessoas que não estiverem infectadas serão orientadas a continuar com o cuidado. Quem tiver o exame positivo será encaminhado para o acompanhamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.