A gigante farmacêutica Pfizer aceitou pagar uma multa de US$ 2,3 bilhões em um acordo extrajudicial ligado ao maior caso de fraude relacionada com saúde da história dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira o Departamento de Justiça americano.
A empresa foi acusada de divulgar e vender quatro medicamentos para usos não regulamentados pelo Departamento de Saúde do país.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a Pfizer promoveu ainda os anti-inflamatórios Bextra e Geodon, o antipsicótico Zyvox e o Lyrica, usado para epilepsia, diretamente a médicos, recomendando usos e dosagens não aprovadas. A empresa é a maior farmacêutica do mundo em termos de vendas.
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"Seriedade"
"Lamentamos algumas atitudes tomadas no passado, mas nos orgulhamos das ações adotadas para fortalecer nossos controles internos", disse o Conselho Geral da Pfizer.
"O tamanho e a seriedade da resolução, incluindo a grande multa criminal refletem a seriedade e o tipo de crimes da Pfizer", disse Mike Loucks, advogado que representou o Estado de Massachusetts no processo.
A empresa vai pagar uma multa de US$ 1.195 bilhão e uma companhia subsidiária, a Pharmacia & Upjohn, deve desembolsar US$ 105 milhões, totalizando uma resolução criminal de US$ 1,3 bilhão.
Os US$ 1 bilhão restantes devem ser pagos para encerrar a parte civil do processo.
A Pfizer indicou uma queda de 90% em seus lucros no quarto trimestre de 2008 por causa do acordo de US$ 2,3 bilhões, indicando que sabia que teria que pagar esta quantia antes mesmo do anúncio do acordo com o Departamento de Justiça.