Vermelhos, lacrimejantes, e sensação de areia nos olhos. Esses podem ser alguns dos sintomas da conjuntivite. Disseminado pelo contato com pessoas infectadas e, devido a umidade, o vírus da doença é muito comum nesta época. Que a melhor forma de evitar conjuntivite é não ter contato com os acometidos pela doença todo mundo sabe. Mas, o que a maioria desconhece é que nem sempre a alternativa é válida, já que o vírus fica encubado cerca de cinco dias, quando já é transmissível, ainda sem apresentar sintomas.
Além disso, há outras formas de contrair a conjuntivite. Uma infecção na garganta, por exemplo. É o que explica a médica Ana Luiza Prado Perlingeiro, oftalmologista do Hospital Amaral Carvalho de Jaú. , ou então o mesmo vírus que se apresenta em uma pessoa como uma infecção de garganta em outra pode se manifestar como conjuntivite' diz.
Ainda de acordo com dra. Ana Luiza, o número de casos tem aumentado cada vez mais com a chegada das chuvas. 'Nessa época de calor, praia, piscinas, associada às chuvas, a propagação do vírus é muito comum e está bem acentuada. O causador desta conjuntivite epidêmica geralmente o Adenovírus', explica.
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Sintomas
Você, com certeza, já viu alguém com conjuntivite ou já foi uma vítima dela. Olhos vermelhos, secreção e lacrimejamento, pálpebra colada pela manhã, sensação de corpo estranho (semelhante a areia), coceira e ardência são alguns dos sintomas. Há casos que evoluem com mais severidade e mais secreção. A conjuntivite pode ocasionar uma doença mais grave, mas não de forma irreversível.
'Em alguns casos a pessoa desenvolve uma ceratite intersticial que são manchas esbranquiçadas na córnea que atrapalham a visão, causadas pelo Adenovírus. Esse processo inflamatório intracorneano embaça a visão e realmente incomoda bastante o paciente. Pode durar um ou dois meses, como pode levar até dois anos para uma resolução ou uma melhora completa. Mas isso não ocorre com a
maioria dos casos', diz.
'Outra complicação é a pseudomembrana ou membrana verdadeira da conjuntiva tarsal, que é a porção interna da pálpebra, e precisa ser removida pelo médico para resolução do quadro,' informa a especialista.
Prevenção
Como não é possível saber quem está contaminado pelo vírus antes da manifestação, a prevenção ocorre por meios básicos de higiene. Fique atento em épocas de maior incidência, evite levar as mãos aos olhos, lave com mais freqüência as mãos principalmente após entrar em lugares públicos (shoppings, academias, clínicas, hospitais e transporte coletivos). Caso saiba que alguém esta contaminado, tome cuidados extras.
Depois da conjutivite
Você realmente está com o vírus? Então é hora de redobrar a atenção aos hábitos de higiene, já que o ciclo dura 15 dias em média, de acordo com a gravidade de cada caso pode se arrastar por mais tempo. Evite objetos de uso comum, separe toalhas, travesseiros, e tome cuidado ao deitar em sofás ou almofadas que são utilizados por outras pessoas.
Lave as mãos e evite levá-las aos olhos. Tente se isolar de ambientes que possuam muita gente, se ausente do trabalho ou da escola. Permaneça a maior parte do tempo em lugares arejados com ventilação natural. Evite agrupamentos em ambientes fechados com ar-condicionado.
Vale usar o álcool 70% para melhor desinfecção das mãos. Faça compressas de água gelada. Lubrifique os olhos sempre que possível com lágrima artificial e se o processo inflamatório for muito acentuado, um médico oftalmologista deverá ser consultado.
Evite:
- Coçar os olhos;
- Nadar em piscinas públicas;
- Dividir lençóis, travesseiros e toalhas;
- Usar maquiagem de outra pessoa ou emprestar a sua;
- Ficar em ambientes fechados, quentes e úmidos.
Fonte: Ministério da Saúde