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Referência nacional

Inglaterra busca no Paraná antígeno para leishmaniose

Heloísa Prado - Bonde
02 nov 2006 às 15:33
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A substância produzida no Paraná para o diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar Americana (doença cutânea que pode causar deformidades) foi enviada no início desta semana para a London School of Hygiene and Tropical Medicine, em Londres. O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), da Secretaria da Saúde, é o responsável por todos os frascos e exames de confirmação da doença em todo o Brasil na rede pública.

Foram enviados 60 frascos, capazes de realizar 480 testes, para a instituição inglesa. O objetivo é que eles possam dar continuidade a um projeto desenvolvido a respeito da doença no Nepal e na Índia. "Na Europa, eles não possuem hospitais dermatológicos, mas existem casos de doenças da pele. Então eles precisam buscar informações e tecnologias", explica o diretor do CPPI, Rubens Gusso.

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O processo começou quando os pesquisadores ingleses buscaram informações a respeito do Antígeno de Montenegro, o produto para realização do teste, na Fundação Oswaldo Cruz, que é referência nacional. "A solicitação dos ingleses foi encaminhada para nós, já que somos os produtores no Brasil", conta a chefe da Divisão Técnica do CPPI, Maria Inês Corrêa. Este ano, foram enviados 3,4 mil frascos para que o Ministério da Saúde abasteça todo o Brasil. Para o ano que vem a produção chegará há 5 mil unidades, para a realização de 40 mil testes.

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Produção – Vinte pessoas trabalham na produção do antígeno. A equipe tem uma reserva de protozoários responsáveis pela doença, em reservatórios com nitrogênio líquido. Eles são colocados em ambientes para que se desenvolvam em grande quantidade. Os protozoários são mortos e, deles é extraída a enzima capaz de detectar a doença. O material final é colocado em conservantes e passa por rígidos controles de qualidade. Os médicos responsáveis pelo exame, em hospitais e em postos de saúde, aplicam o líquido no antebraço do paciente. "Caso surja um nódulo significa que a pessoa tem a doença", explica Maria Inês.


Doença pode causar deformidades - A Leishmaniose Tegumentar Americana também é conhecida como ferida brava ou úlcera de Bauru. Geralmente, a doença se desenvolve em mamíferos silvestres, mas também em cães e gatos domésticos, e é transmitida ao ser humano por meio de mosquitos. A doença causa lesões cutâneas e nasofaríngeas deformantes e dolorosas, dificultando a alimentação e diminuindo a capacidade para o trabalho.

Os primeiros sintomas surgem após período de 10 dias a 3 meses. A penetração dos parasitas determina uma lesão cutânea na região da picada, que se caracteriza por uma ferida de aspecto pápulo-eritematoso ou furunculóide ou pápulo-ulcerado, que fecha muito vagarosamente. Podem aparecer dezenas de feridas que deixam cicatrizes muito marcantes no rosto, braços e pernas. Depois de anos, se não tratada, o nariz e a boca podem ficar desfigurados ou destruídos. A deformação do nariz origina o que é conhecido como "nariz-de-tapir" ou "focinho-de-anta".


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