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Intercâmbio Brasil e França promove estudo sobre parasitoses

Redação Bonde/ Fiocruz
02 fev 2015 às 15:29

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- Reprodução
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O projeto Paleoparasitologia e o ADN antigo foi aprovado no Programa Capes/Cofecub, que promove a realização do intercâmbio científico entre instituições de ensino superior do Brasil e da França e a formação de recursos humanos de alto nível nos dois países.

O estudo é liderado pelo pesquisador da Escola de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Adauto Araújo, e trata da origem e evolução das parasitoses ao longo do tempo, por meio das análises de amostras arqueológicas e paleontológicas, datadas desde o período jurássico até o passado recente, em busca de vestígios de parasitos. Ao todo, o edital selecionou 44 projetos conjuntos de pesquisa e parcerias universitárias.

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Sobre a parceria com a instituição francesa, Araújo conta que há alguns anos o Laboratório de Paleoparasitologia da Ensp participou de projeto semelhante com a Universidade de Reims com resultados bastante exitosos. Naquela ocasião, em 2003, ambas instituições editaram um volume especial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz sobre paleoparasitologia, fato que marcou a internacionalização e ampliação de interesses deste novo ramo da ciência. "Foi a primeira publicação que reuniu especialistas de diversas partes do mundo dedicados a esta ciência", recordou.

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Desta vez, com a visita do Dr. Matthieu Le Bailly, professor da Universidade de Franche-Comté e ex-aluno de doutorado da Universidade de Reims, à Fiocruz, durante o Congresso Mundial de Estudos sobre Múmias em 2013, estruturou-se o novo projeto aprovado pela Capes/Cofecub. O pesquisador emérito do Museu de História Natural de Paris, Jean-Pierre Hugot, também foi convidado.


"O fenômeno parasitismo surgiu desde o início da vida na Terra. Não há organismo que não seja parasitado. Há, portanto, uma grande diversidade de parasitos que influenciaram as mudanças evolutivas que resultaram nas espécies de hospedeiros atuais. Trata-se de estudo sobre a origem e evolução das parasitoses ao longo do tempo.

Para isso, serão analisadas amostras arqueológicas e paleontológicas em busca de vestígios de parasitos. Estas amostras são datadas desde o período jurássico até o passado recente. Um exemplo foi o encontro de parasitos em coprólitos de uma espécie de dinossauro, datados de 240 milhões de anos, publicado recentemente na revista Parasites and Vectors", resumiu sobre o projeto.


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