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Inovação

Japão cria robôs que detectam mau hálito e chulé

BBC Brasil
09 mai 2013 às 14:37

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- BBC Brasil/Reprodução
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Um dos robôs se assemelha à cabeça de uma mulher e se chama Kaori, que em japonês significa "cheiro" ou "fragrância". O outro se chama Shuntaro e tem o formato de um cãozinho.

Os detalhes a respeito das duas máquinas foram revelados pelo diário japonês Asahi Shimbun. O robô detector de mau hálito atua da seguinte forma: o usuário dá uma baforada diante do rosto de Kaori. Se seu hálito estiver agradável, ela dirá: "um bom cheiro, sem problemas". Se não estiver tão bom, dirá coisas como "seu hálito está meio fedido" ou ainda "isso está ruim, intolerável".

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E quando o seu hálito está realmente malcheiroso, Kaori diz: "Está declarado um estado de emergência; isso ultrapassa o limite da minha tolerância".

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Chulé derruba cãozinho

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Já o cão-robô Shuntaro balança a cabeça enquanto analisa os odores que emanam do pé de um usuário. Se o cheiro está decente, ele se aproxima do pé da pessoa e os alto-falantes do robô tocam a Quinta Sinfonia de Beethoveen.


Se o cheiro não for muito agradável, ele dá um grunhido. Mas se o chulé realmente for forte, a cabeça do cão-robô cai ao chão, como se ele desmaiasse.

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As máquinas se valem de sensores disponíveis no mercado, o que deixa claro como a tecnologia já evoluiu.


Os dois robôs foram criados pela companhia japonesa CrazyLabo e pelo Colégio Nacional de Tecnologia de Kitakyushu.

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As máquinas se valem de sensores de gás capazes de identificar odores específicos. A informação é proecessada por computadores que, por sua vez, controlam a resposta dos robôs.


Após ter anunciado estes dois primeiros produtos, o CrazyLabo diz que agora pretende tornar seus robôs rentáveis, alugando-os para diferentes eventos.

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O presidente da companhia, Kennosuke Tsutsumi, disse ter se inspirado em reclamações de sua própria família a respeito de seus odores corporais.


Uso médico

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Mas além de utilizações bem-humoradas como a feita pelos especialistas japoneses, já estão sendo desenvolvidos produtos tecnológicos com finalidades médicas que se valem de odores.


Uma companhia holandesa, a Enose, está desenvolvendo um kit de diagnóstico chamado Aenose, que busca, no odor, sinais de tuberculose, asma e câncer de garganta.

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A empresa americana Alpha Szsenszor está desenvolvendo um equipamento feito para estudar o hálito humano a fim detectar câncer de pulmão e outras doenças.


E a britânica Universidade de Bristol está desenvolvendo um projeto chamado Odour Reader (Leitor de Odores), que analisa vapores coletado de amostras de fezes dos pacientes para ajudar a diagnosticar causas de diarreia.


Mesmo assim, as tecnologias atuais são ainda menos sofisticadas do que o nariz humano.

O sistema olfativo humano contém cerca de 100 milhões de receptores que fazem uso de cerca de 350 milhões de diferentes tipos de proteínas. Já os "narizes eletrônicos" costumam usar 32 ou menos sensores químicos.


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