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Jovens são os maiores prejudicados pela overdose sonora

Redação Bonde com assessoria de imprensa
19 mai 2016 às 14:13

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Sirenes de ambulâncias, tráfego intenso, obras em edifícios, britadeiras furando o asfalto, carros de som, TV em alto volume, boates, shows, música altíssima nos fones de ouvido. A 'overdose sonora' a que somos submetidos, voluntária ou involuntariamente, pode trazer consequências nada agradáveis à audição.

Até mesmo em casa estamos expostos a ruídos intensos: televisão, rádio e aparelhos de som em volume exagerado; barulhos incômodos do liquidificador, aspirador de pó, secador de cabelo; tudo isso pode provocar perda de audição ao longo do tempo, se não nos resguardarmos quanto ao excesso de barulho.

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E as novas gerações são as maiores vítimas de danos auditivos em um futuro próximo. Muitos jovens já incorporaram o hábito de ouvir diariamente música por meio de fones que conduzem o som alto diretamente ao canal auditivo, o que é péssimo para a audição.

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São os próprios médicos e fonoaudiólogos que alertam: a juventude deve ter mais consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição sob pena de ter perda auditiva antes de envelhecer ou até mesmo antes da meia-idade.

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Para muitos jovens, ouvir música com fones no ouvido dá mais disposição para 'malhar' nas academias. Mesmo ao andar nas ruas ou no transporte coletivo, eles acham que a música alta ajuda a abafar o barulho do trânsito, além de proporcionar bem-estar.


Mas essa geração da tecnologia, que não larga os smartphones, dependerá mais de aparelhos de audição no futuro. Isso porque se expor a uma intensidade sonora acima de 80 decibéis ao longo do dia, todos os dias, pode provocar danos irreversíveis na audição com o passar do tempo.

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A fonoaudióloga Isabela Papera ressalva que as consequências do uso frequente de fones de ouvido não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada indivíduo.


"Recomendamos aos jovens que usam fones de ouvido com muita frequência que façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que informa se o paciente já apresenta perda de audição e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema", aconselha. "Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Quando o dano à audição ainda é pequeno e o otorrinolaringologista indica o uso de aparelhos, sugerimos um bem pequeno e discreto", explica.

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De acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 360 milhões de pessoas sofrem de perda de audição no mundo. A médica da OMS, Regina Ungerer, defende medidas de prevenção, principalmente para quem mora em centros urbanos, por causa da exposição a ruídos acima de 80 a 90 decibéis.


"Temos que estar numa faixa sempre abaixo disso, mas quem mora em cidades grandes, com muito barulho de carros, ônibus, buzinas, e até quem convive com o volume alto nos fones - que de uns 15 anos para cá estão nos ouvidos de muitas pessoas -, tem que tomar cuidado. Tudo isso, em conjunto, pode provocar surdez em tempo menor do que antigamente", alerta a especialista em audiologia.


Infelizmente, é comum que o indivíduo só procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição é cumulativo, vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos.

Depois do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho são indicados para atender às necessidades do deficiente auditivo. "Hoje em dia, a tecnologia e o design moderno dos aparelhos estão ajudando a derrubar preconceitos. Já existe uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, alguns completamente invisíveis no ouvido", conclui.


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