Para apresentar as experiências positivas no combate à sífilis, o município de Londrina foi convidado para participar do 2º Encontro de Vigilância do Óbito Materno e Infantil e Atenção à Saúde da Mulher e da Criança e 1º Encontro Grupo de Trabalho de Agilização da Investigação de Óbito (GTARO) Macro-oeste, que acontece nesta quarta-feira (21) e quinta-feira (22), na cidade de Foz do Iguaçu.
O objetivo é apresentar o quadro epidemiológico da sífilis em Londrina, as boas práticas preventivas, de diagnóstico e de tratamento da doença, além da experiência única no Paraná do Observatório para Sífilis Gestacional e Congênita, feito em Londrina, por meio da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina. O convite para a participação no encontro adveio da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA).
De acordo com a gerente de Programas Especiais em Saúde, Lilian de Fátima Nellessen, desde que foi implantado, em 2014, o Observatório para Sífilis Gestacional e Congênita ajudou a reduzir os números da doença no Município e a diminuir os casos subnotificados, além disso houve aumento dos diagnósticos de sífilis gestacional, o que gerou diminuição na incidência de sífilis congênita, pois assim que diagnosticados, os casos foram tratados.
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Lilian explicou que serão apresentadas as ações da Secretaria de Saúde no combate à Sífilis. "Como, desde 2014, percebemos uma redução significativa no número de casos da doença e fizemos mais diagnósticos precoces", explicou.
Entre 2007 e 2014, foram notificados 274 casos de sífilis em gestantes e 183 casos de sífilis congênita em Londrina, o que demonstra que, durante o período, mais da metade de gestantes com sífilis transmitiram a doença aos bebês. Em 2014, a cidade registrou 101 casos de sífilis em gestantes e 30 casos de sífilis congênita. Já no Paraná, em 2014, 1.117 gestantes foram diagnosticadas com sífilis, sendo que 455 foram casos congênitos.
Ações
A Secretaria Municipal de Saúde vem realizando ações para reduzir os casos da enfermidade há anos. Em 2013, foram realizadas capacitações com alterações do procedimento de trabalho. Em 2014, o novo processo foi repassado para os laboratórios, Unidades Básicas de Saúde, hospitais e maternidades através de oficinas com os profissionais multiplicadores. Já em 2015 o objetivo foram os coordenadores das UBS.
Este ano, foi feita novamente a capacitação com os laboratórios e está sendo formado o novo Protocolo para Abordagem Sindrômica de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Ele será utilizado para dar um novo curso aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde.
O Observatório para Sífilis Gestacional e Congênita conta com uma equipe multidisciplinar e é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Universidade Estadual de Londrina e a 17ª Regional de Saúde.